Laiane Cruz
A rede hoteleira de Feira de Santana registrou no último ano uma taxa de ocupação abaixo de 60%, segundo informações do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes da cidade. De acordo com o vice-presidente da entidade, Marcelo Alexandrino, os números estão aquém do ideal para se manter um ponto de equilíbrio financeiro nestes estabelecimentos.
Marcelo Alexandrino acredita que a chegada de novos hotéis em Feira, nos últimos cinco anos, em torno de 10 a 12, e a crise econômica financeira, sobretudo na indústria, vem contribuindo para essa queda na taxa de ocupação.
“Feira de Santana nos últimos anos está recebendo um número de hotéis muito grande e com isso diluiu bastante a taxa de ocupação da nossa cidade, que vive uma situação diferente de Salvador, cujo turismo é de lazer. Feira é um turismo de negócios. É um número muito grande para o tamanho da cidade e o crescimento natural da demanda”, pontuou o vice-presidente do sindicato.
Segundo Alexandrino, estima-se que atualmente Feira tenha cerca de 5 a 6 mil leitos na sua totalidade. Além do que já existe, ele informa que dois novos hotéis serão inaugurados até o final deste ano e há um terceiro de grande porte em construção.
“A taxa de ocupação está abaixo do que pretendemos para manter bem nossos empreendimentos. Então a gente espera que a crise econômica passe logo e que a gente venha se recuperar. A gente entende também que o momento não é de novos equipamentos de hotelaria. É momento de a gente aguardar e acomodar a demanda para depois, no futuro, pensarmos em novos equipamentos”, afirmou.
“Nós somos uma cidade com grande fluxo de negócios e não temos um espaço para fazer grandes eventos. Com isso a gente perde muito. Nós temos espaços que não são suficientes e a hotelaria de Feira de Santana hoje tem condições de comportar um evento de 2 mil, 3 mil pessoas, porque tem qualidade suficiente pra isso”, declara.
Além disso, ele afirma que apesar de possuir bons restaurantes, não há outras grandes atrações no município que estimulem o turismo. “Temos o rio Jacuípe, que poderia ser melhor explorado, temos o Parque do Saber, que tem um dos sete equipamentos do mundo que poderia ser melhor apresentado, além de podermos apresentar a cultura sertaneja e trazer as pessoas para essa curiosidade”, disse.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.