Feira de Santana

Ação para impedir construção do shopping popular continua na justiça, alerta advogado

O advogado acha que o governo municipal deveria levar em conta o processo e não deveria ter dado a ordem de serviço sem que tivesse pelo menos uma posição judicial sobre o caso.

Ação para impedir construção do shopping popular continua na justiça, alerta advogado Ação para impedir construção do shopping popular continua na justiça, alerta advogado Ação para impedir construção do shopping popular continua na justiça, alerta advogado Ação para impedir construção do shopping popular continua na justiça, alerta advogado

Daniela Cardoso e Ney Silva

O advogado Cizino Oliveira, que ingressou com uma ação popular com pedido de liminar em defesa de comerciantes da área de artesanato do Centro de Abastecimento, alerta que o processo continua tramitando na Vara da Fazenda Pública. O advogado acha que o governo municipal deveria levar em conta o processo e não deveria ter dado a ordem de serviço sem que tivesse pelo menos uma posição judicial sobre o caso.

Segundo Cizino, o objetivo da ação foi preservar a área de artesanato do Centro de Abastecimento por constitui-se em um patrimônio material e imaterial da comunidade de Feira de Santana. Ele disse também que a ação visa garantir o tombamento dos boxes de artesanato e que isso deveria ser feito pelo governo municipal e não destruir a área para a construção de um shopping.

Sobre a situação do processo, Cizino Oliveira informou que está aguardando um posicionamento do Juiz Roque Rui Barbosa, titular da Vara da Fazenda Pública. “Acredito que logo haverá a apreciação da medida liminar. O que eu não entendo é que o município, tendo conhecimento desse processo, mas mesmo assim ousou em assinar uma ordem de serviço sem levar em conta o desfecho desse processo”, afirmou.

Ele disse ainda que há pessoas ligadas a administração municipal que tem informado, através da imprensa, de que o processo teria se finalizado, que os comerciantes do Centro de Abastecimento teriam perdido a causa e que o advogado teria abandonado a causa, porém, segundo ele, nada disso é verdade.

“O processo continua em tramitação. Não houve ainda uma sentença final, então não se pode dizer que o processo terminou e nem que o pessoal perdeu a causa”, enfatiza Cirino Oliveira, acrescentando que não autorizou ninguém a dar essa informação e nem falar em nome dele.

O advogado esclareceu também que não há uma luta contra o progresso e sim uma luta para preservar o patrimônio histórico e cultural da cidade. Cizino afirma que o shopping é um espaço de segregação e não de progresso. Ele acha que a construção do shopping é um projeto imposto e não discutido e que vai de encontro ao interesse público. O advogado também questiona o fato de os espaços não serem cedidos gratuitamente para os comerciantes.

Essa ação movida pelos comerciantes contra a construção do shopping popular na área de artesanato está tramitando desde dezembro de 2014.