Laiane Cruz
Professor há 36 anos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), o secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito, lamentou a atual crise financeira por que passa a instituição, que segundo a administração do local, corre o risco de fechar as portas caso o governo não faça a suplementação de recursos.
Para Carlos Brito, o quadro atual da Uefs é preocupante e caótico. Ele acredita que a sociedade feirense deve se mobilizar e lutar para que a universidade sobreviva. “Nós devemos conclamar todos os seguimentos organizados dessa cidade, o comércio, a indústria e os serviços, para juntos lutarmos para que o governo aporte recursos e dê a sobrevida que a Uefs precisa, porque ela vem prestando serviços a Feira e toda a região, e ao país, pelo seu nível de excelência”, afirmou.
Segundo o secretário, a situação atual é em decorrência da falta de recursos ao longo dos anos. Além disso, o orçamento não acompanhou os custos da instituição.
“Hoje a Universidade tem vários cursos de vários segmentos com poucos recursos. Precisamos aplicar em tecnologia e na capacitação do seu pessoal. Não existe milagre, ou se aportam recursos, ou entra um colapso como está aí. Não se tem bom administrador sem recurso na mão, porque não se tem onde buscar em função da crise que o país enfrenta”, opinou Carlos Brito.
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Nota de Esclarecimento
Em relação à situação orçamentária da Universidade Estadual de Feira (UEFS) de Santana, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia informa que:
– Reconhece o momento de dificuldades orçamentárias e afirma que a UEFS, assim como as outras três universidades estaduais (UNEB, UESC e UESB), têm autonomia para a gestão dos seus recursos, de acordo com suas necessidades administrativas, ficando sob a responsabilidade da reitoria, em momentos de dificuldade, também redefinir e estabelecer as prioridades dos seus gastos.
– O orçamento de 2015 aumentou 10,3% em relação ao orçamento de 2014.
– Além da garantia do orçamento para este ano, o Governo assegura recursos orçamentários para a implementação das promoções, progressões e alterações de regime dos professores das universidades estaduais sem comprometer o orçamento de custeio e investimentos.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.