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Nesta quarta-feira (30) o ministro da Defesa, Jaques Wagner, foi confirmado como novo chefe da Casa Civil de Dilma. A troca de Wagner pelo atual ocupante da pasta, Aloizio Mercadante, foi informada pela presidente à cúpula do PMDB pela manhã. Antes, Dilma já havia acertado com Mercadante sua transferência para o Ministério da Educação, que atualmente é chefiada pelo filósofo Renato Janine Ribeiro, nomeado em abril deste ano.
Por conta de pressões do ex-presidente Lula e do PMDB, que enxergam em Mercadante um fator desagregador para o Palácio do Planalto, a troca na Casa Civil foi realizada para não agravar a crise política que ameaça consumir a governabilidade.
Conforme líderes peemedebistas, a troca de Mercadante por Wagner, defendida por Lula desde a montagem da nova equipe de Dilma, vai atender principalmente o PT, mesmo que a legenda perca ministérios na reforma prevista para ser anunciada hoje. A explicação para o paradoxo está no perfil do futuro ocupante da Casa Civil.
Segundo informações do Correio, além do apoio incondicional de Lula e da proximidade com a presidente, Wagner tem melhor trânsito dentro do PT do que Mercadante. Ao mesmo tempo em que encampa a defesa do governo, consegue dialogar com a ala petista insatisfeita com as políticas de ajuste fiscal.