Com o mandado de prisão em mãos, policiais foram à casa do goleiro Bruno, do Flamengo, na manhã desta quarta-feira, mas não encontraram o atleta. A polícia entrou na residência, localizada no Recreio dos Bandeirantes, e vasculhou o local por cerca de 30 minutos.
A mulher do goleiro Bruno, Dayanne de Souza, que prestaria depoimento na tarde desta quarta-feira, teve seu pedido de prisão temporária decretada pela Justiça do Rio de Janeiro. Segundo o seu advogado, Ércio Quaresma Firpe, ela foi conduzida ao Departamento de Investigações da Polícia Civil, no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte. Dayanne de Souza, que prestaria depoimento na tarde desta quarta-feira, teve seu pedido de prisão temporária decretada pela Justiça do Rio de Janeiro. De acordo com o seu advogado, Ércio Quaresma Firpe, ela foi conduzida ao Departamento de Investigações da Polícia Civil, no bairro Lagoinha, na capital mineira, chegando ali por volta das 8h15.
A prisão de Dayanne foi informada pelo próprio advogado. Ele contou que recebeu um telefonema da mulher do goleiro do Flamengo, no começo da manhã, dizendo que estava sendo convidada pela Polícia a comparecer à delegacia. “Disse a ela que não tinha convite nenhum. Liguei para o doutor Edson , que me informou sobre o pedido de prisão dela”, relatou Quaresma, referindo-se ao chefe do Departamento de Investigações, Edson Moreira. Após a busca na casa do jogador, os policiais deixaram o local com pressa e se dirigiram a um outro local, na Barra da Tijuca, onde Bruno estaria supostamente escondido. Contudo, o goleiro continua sem ser localizado. O mandado expedido para o atleta se refere a cinco dias de prisão, podendo ser renovado por mais cinco.
O caso Bruno teve seu rumo alterado nesta terça-feira, quando um primo do goleiro, de 17 anos, prestou depoimento por cerca de 8 horas na Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Ele confirmou que sequestrou a estudante Eliza Samudio, ex-namorada do jogador, com ajuda de Macarrão, e que ela estaria morta.
O menor admitiu ter dado uma coronhada em Eliza com uma pistola, mas contou que isso aconteceu por causa de uma discussão e que nada estava premeditado. A morte da jovem teria acontecido em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Ainda em depoimento, o menor disse que o sequestro aconteceu num sábado, em um hotel na Barra da Tijuca, mas não soube precisar exatamente a data. O carro usado foi a Land Rover, de Bruno. Apesar deste pedido de prisão preventiva, o delegado da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Felipe Ettore, disse que tudo precisaria ser feito por Minas Gerais.
“Mandamos o depoimento do menor para Minas Gerais e fizemos o seu pedido de apreensão. O pedido de prisão de qualquer pessoa sairá por eles, que estão comandando a investigação. Estamos aguardando as diligências”, salientou. No início da tarde de ontem, a Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro foi acionada por policiais mineiros que investigam o desaparecimento de Eliza. Após denúncia anônima, uma equipe de investigadores apreendeu o menor na casa do goleiro, no Recreio dos Bandeirantes, também na Zona Oeste da cidade.
Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho. À polícia, amigos da jovem disseram que ela viajou do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite do goleiro, com quem se encontraria justamente no sítio do goleiro, no município mineiro de Esmeraldas. A Polícia Civil mineira recebeu telefonema anônimo avisando que Eliza teria sido espancada e morta na propriedade de Bruno. O filho de Eliza, um bebê de quatro meses, foi visto no sítio de Bruno por policiais, de acordo com a delegada Alessandra Wilke, presidente do inquérito. A Polícia deixou o local e, quando retornou, não encontrou a criança. O bebê foi localizado no último dia 26 de junho, em uma favela em Contagem, na divisa com Ribeirão das Neves, em companhia de conhecidos de Bruno e de sua mulher. Ela responde a inquérito por subtração de incapaz.
Fonte: Uol