Laiane Cruz
Com a disparada do dólar nos últimos meses, caiu o movimento nas agências de turismo de Feira de Santana. Até as 10h14 desta quinta-feira (24), o dólar turismo estava sendo cotado a R$ 4,46 podendo chegar a mais de R$ 4,60 em algumas casas de câmbio. O reflexo negativo nas vendas de pacotes de viagens gira em torno de 50% em alguns estabelecimentos.
De acordo com a gerente de uma agência, localizada na Avenida Maria Quitéria, Nancy dos Santos, muitos pacotes já estão prontos para os meses de novembro a janeiro. No entanto, os consumidores ficam na expectativa de o dólar baixar e não vão às agências. “Tem mais ou menos um mês que as vendas caíram consideravelmente”, avalia.
Segundo Nancy dos Santos, os consumidores que têm condições de viajar neste período, muitas vezes, estão optando por países europeus, visto que o euro está com uma cotação similar à do dólar. Suiça, Lisboa e Sevilla, na Espanha, são lugares bem procurados. E a alta nos preços também tem contribuído para o aumento na compra de pacotes nacionais, sobretudo os resorts, all inclusive.
Proprietária de uma agência de turismo, na Avenida Durval, Lana Santana analisa que quando os consumidores vêem as cotações nos jornais ficam com medo de procurar por pacote internacional, apesar de alguns esforços para que isso não aconteça.
“Algumas companhias estão fazendo promoções e baixaram o valor da tarifa para ver se alcançam o patamar de vendas, mas ainda assim houve uma queda”, informou, acrescentando que na agência dela, as vendas caíram em torno de 25%.
O mercado interno, de acordo com Lana Santana, também não parece tão promissor. Segundo ela, as passagens aéreas nacionais, assim como as internacionais, sofreram reajuste para cima, além disso, a crise está afetando a confiança do consumidor.
No entanto, ainda há quem persista em não adiar as férias de final de ano e encontra em cidades como Gramado, no sul do país, Fortaleza e Maceió, opções bastante razoáveis. “Em Maceió, o casal pode pagar em torno de 1.200 reais com hotel confortável e passeios. E tem os países, como Argentina, Chile, que tem a rota de vinho, e Bariloche, o qual tem um recorde de visitantes brasileiros. Mas mesmo para América do Sul houve um impacto com a alta do dólar”, avaliou a empresária.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

