Seminário debateu violência nas escolas públicas em Feira de Santana

Danillo Freitas

Discutir a realidade atual da violência na escola pública, no âmbito municipal e estadual, foi o objetivo do II seminário sobre violência na escola, realizado nesta quarta-feira (23), no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (Acefs).

Docentes do ensino básico e superior, gestores e coordenadores escolares e outros profissionais da educação participaram do seminário. A assistente social da Secretaria Municipal de Educação, Joice Santos, disse durante palestra que existe parceria com a Guarda Municipal e Conselhos Tutelares para que atendimentos possam ser feitos nas escolas. Ainda de acordo com Joice, a principal violência nas escolas é a sócio-familiar.

Durante o evento, foram apresentados alguns dados da violência na rede municipal de ensino. A subcomandante da Guarda Municipal, Cristina Pires, explicou que os registros de ocorrências são realizados apenas quando necessária a presença da Guarda. Em março, foram registradas cinco ocorrências; em abril, 4; maio, 7; junho, 7; julho, 9, e em agosto, 14 notificações.

Ana Castelo, coordenadora de planejamento e organização da rede regional de educação do Estado da Bahia, avaliou que o seminário é importante, pois traz em pauta a violência na escola. “Será constituída uma equipe no Núcleo Regional de Educação (NRE-19), para diagnosticar os problemas nas escolas estaduais em Feira de Santana”, afirmou. Ela ainda disse que será realizado um amplo seminário na rede para que possa ser feito um plano de ação de combate à violência.

A diretora do Colégio Estadual Uyara Portugal, Jaciara Brandão, considerou positivo o encontro e o debate. Ainda segundo Jaciara, é comum que gestores de colégios reclamem da violência nos centros educacionais. ”Hoje, todos os colégios vivem essa realidade de violência, uns menos e outros mais”, contou.

Presidente da academia de educação de Feira de Santana, professora Anaci Paim, falou que o debate teve o objetivo de evidenciar qual a realidade detectada nas redes municipal e estadual de ensino. “Através dessas proposições que devem ser definidas políticas públicas pelos órgãos competentes”, afirmou Paim.