De saída do PSC, Pastor Isidório pode ir para o PP

Natural de Salvador, o segundo deputado estadual mais votado na última eleição, Sargento Isidório, quer disputar a prefeitura da capital baiana no ano que vem, mas o anúncio do seu nome como prefeiturável lhe trouxe problemas.Filiado ao PSC após ingressar na política pelo PT e passar pelo PSB, Isidório nada contra a maré do seu atual partido. Atualmente, o PSC integra a oposição no estado e a gestão do prefeito ACM Neto (DEM), potencial candidato à reeleição. No entanto, o pastor é do contra e apoia abertamente o governador Rui Costa (PT), integrando na Assembleia Legislativa (AL) a base governista. De uma audiência com o chefe do Executivo baiano, o deputado ouviu que deveria seguir sua vontade, ou seja, se candidatar a prefeito. No entanto, o PSC, presidido na Bahia por Eliel Santana, disse que a decisão de Isidório era uma posição pessoal e que o partido ainda não tinha batido martelo sobre a sucessão municipal. Contrariado com o posicionamento do PSC perante o governo estadual, Isidório admitiu ontem que vai deixar o PSC. O destino partidário ainda é uma incógnita. Participando de um evento no bairro de Vila Canária, onde teve uma expressiva votação e o governador autorizou o início de obras de contenção de encostas com investimentos de R$ 4 milhões, o deputado afirmou que vai deixar a legenda. “Eu não quero mudar de partido, eu estou prejudicado nos meus direitos no partido. Quando fui para o partido PSC, ele estava na base do governo Jaques Wagner. Quando a pesquisa disse que Paulo Souto ganharia a eleição, houve um frisson dentro do partido e aí ‘vamo embora, vamo embora’. Eu disse, eu não faço política com quem vai ganhar”, contou. Isidório fala que não tem nada contra o presidente ou qualquer colega da sigla, apesar de ter se ausentado do encontro do PSC no último fim de semana, mas deixa claro que não há mais clima para sua permanência nos quadros. “No limite, a Justiça Eleitoral decidirá. Graças a Deus que entre mim e a agremiação existe o Tribunal Regional Eleitoral, e eu vou pedir a minha saída por não estarem mais lá dentro sendo respeitadas as minhas posições. Respeito os dirigentes partidários, eles também tem lá os direitos com a outra administração [AM Neto], mas não pode um ‘matar’ o outro”, disse o deputado, que não quis dar pistas sobre seu futuro partidário. As informações são da Tribuna da Bahia.