Bahia

Protesto denuncia desemprego provocado por crise na Petrobras

A ação reuniu cerca de 400 trabalhadores no local onde a petrolífera mantém poços de perfuração.

Acorda Cidade

Representantes dos trabalhadores desempregados das empresas terceirizadas que prestam serviços à Petrobras se reúnem com o governador Rui Costa na tarde de hoje (21/7) para solicitar apoio do governo do estado. Nesta segunda-feira (21), eles realizaram manifestação na entrada da Fazenda Bálsamo, em Esplanada. A mobilização chamada de “ato em defesa da Petrobras e do emprego”, reuniu cerca de 400 trabalhadores no local onde a petrolífera mantém poços de perfuração.

Liderada por movimentos comunitários dos municípios de Araçás, Entre Rios, Esplanada e Acajutiba, com o apoio das centrais sindicais CUT e CTB, a manifestação denunciou o fechamento de 1.500 postos de trabalho no Litoral Norte/ Agreste de Alagoinhas, após a crise enfrentada pela Petrobras. Segundo dados do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), os investimentos da empresa no estado, que alcançou R$1,3 bilhão em 2012, este ano não deve ultrapasse R$900 milhões.

Coordenadora da Asvime, associação que capacita mão de obra local, Rita Costa, faz parte da comissão que organiza o protesto. Ela afirma que “no momento em que essas empresas terceirizadas fecham não restam opções de emprego e muitos pais de família precisam deixar suas casas em busca de trabalho em Salvador ou outros estados”.

"Os trabalhadores acreditam que, além do desinteresse da Petrobras em explorar poços terrestres maduros, outro fator que contribuiu para a extinção de postos de trabalho na região foi o impedimento de empresas citadas na operação Lava Jato receberem recursos da empresa. Somente a terceirizada GDK demitiu em maio deste ano 270 profissionais, após ser incluída no processo e não renovar seu contrato de prestação de serviços com a Petrobras", disse Rita Costa.