Articulação quer reduzir fogo nas relações entre Rui e base

Era sábado, porém não houve folga para a articulação política do governo estadual. O secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, tentou minimizar os efeitos das críticas da base aliada. O almoço foi com o presidente da Assembleia Legislativa (AL-BA), deputado Marcelo Nilo (PDT). O chefe do legislativo, todavia, não fala sobre o assunto. “Nós almoçamos”, finaliza, ao se referir ao encontro do último sábado (20). E se cala. Entretanto, os bastidores contam muito sobre o que está em disputa nas relações entre o governo estadual e os parlamentares da base. O principal objeto da polêmica: a tradicional repartição de indicações políticas para cargos de segundo e terceiro escalão. Sob a tutela de Josias, as vagas ficam destinadas ao número de votos das legendas em cada área. A reclamação é única. Com tal critério, deputados petistas concentram a maioria das indicações para os cargos, enquanto que outros parlamentares aliados ficam alijados do processo. “Josias só defende os interesses dos petistas”, reclama uma das lideranças partidárias. Na última semana, após convocação dos líderes dos partidos, apenas Rogério Andrade (PSD) e Alex Lima (PTN) apareceram – além dos líderes do PT e do governo, Rosemberg Pinto e Zé Neto, respectivamente. Enquanto isso, a articulação política do governo Rui Costa (PT) joga álcool na fogueira, quando, na verdade, deveria tentar apagar o incêndio. Resta saber por quanto tempo os deputados vão ser lenha para queimar. As informações são do Bahia Notícias.