PF mata inocente e a imprensa come a pilha

A suposta grandiosidade das prisões abafou a estupidez de uma operação desastrada.

18/06/2015 13:11

É papel da polícia desbaratar quadrilhas, prender criminosos. Em tais operações, são frequentes confrontos que resultam em mortes, principalmente envolvendo a PM. Com a PF, é raridade, mas acontece, vá lá. Mais raridade ainda é quando a PF, uma polícia tida como de elite, erra o endereço do suposto criminoso, arromba a porta do vizinho que nada tinha a ver com o caso, invade a casa e mata o morador. O episódio em si expõe algo assustador. Aceitá-lo significa que ser correto só não basta. Temos que exigir dos vizinhos o mesmo. Habilmente, a PF divulgou o resultado da operação. E o assassinato do caminhoneiro Márcio Neri dos Santos virou notícia de segunda categoria no mesmo caso. Mais ainda: ficou o superintendente da PF, Fábio Mota Muniz, dizendo que Márcio estava armado, reagiu. Em nenhum momento explicou a providência tomada para punir o responsável por um erro grave que resultou na morte de um inocente. O pior: a imprensa embarcou. A suposta grandiosidade das prisões abafou a estupidez de uma operação desastrada. Notícia tem hierarquia. No caso, a maior virou menor. As informações são da coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde.

Dilton e Feito

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.

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