Daniela Cardoso e Ney Silva
Nos últimos três meses observa-se o aumento de pessoas em unidades de saúde da Prefeitura, especialmente nas policlínicas de Feira de Santana. Segundo o coordenador do Centro de Saúde Osvaldo Monteiro Pirajá (Policlínica do Tomba), José Pires Leal, a circulação do vírus do mosquito Aedes Aegypti é um dos fatores que vem provocando toda essa busca pelas unidades de saúde. Mas ele acha que há outras razões para isso.
“A dengue, Chikungunya e a Zika superlotam as unidades de saúde não só da rede pública, mas também da privada, e a população quando procura um hospital particular e está muito cheio, ela recorre às unidades do município. Nós acabamos penalizados, pois as pessoas que têm plano de saúde nos procuram e nós temos que atender. De três meses para cá tem aumentado muito o atendimento na rede municipal a pessoas asseguradas por planos de saúde”, afirmou.
José Pires Leal disse a razão pela qual as pessoas estão deixando os planos de saúde. De acordo com ele, além da crise atual, o tempo de espera nos hospitais particulares está fazendo com que as pessoas procurem pelo atendimento público.
“Segundo os usuários, muitas vezes o atendimento público é mais rápido e por isso eles procuram as policlínicas. Aqui no Tomba, nós saímos de 200 pacientes em 24hs para uma média de 420. É uma carga alta, mas o tempo de espera está em torno de duas horas. Já na rede privada, esse tempo pode chegar a até seis horas”, informou.