Daniela Cardoso e Ney Silva
Pessoas que trabalham, moram ou que simplesmente precisam atravessar a Avenida João Durval Carneiro, principalmente nas proximidades do viaduto com a Getúlio Vargas, estão reclamando que se sentem inseguras, por causa da alta velocidade desenvolvida por alguns motoristas quando descem ou sobem o viaduto. A população cobra das autoridades medidas emergênciais para resolver o problema.
“É perigoso mesmo atravessar a Avenida João Durval. Fiquei muito tempo esperando para atravessar. Podemos ser atropelados”, afirmou a aposentada Maria Leda Sena da Silva. Ela disse que foi a primeira vez que atravessou a João Durval e se sentiu insegura.
A agente de limpeza pública Cristiane dos Santos Rosa, que trabalha na avenida, diz que os motoristas não reduzem a velocidade quando os pedestres querem passar de um lado para outro. “Quando chega o final de semana, por causa da feira livre, a situação fica ainda muito mais complicada”, afirmou.
A vendedora Patrícia Santos, que comercializa cocos no local, observa que há muitos riscos para quem quer atravessar a avenida. “Até mesmo a gente aqui trabalhando pode ser atropelado. O trânsito é complicadíssimo”, afirmou. Ela defende que deveria haver faixas de pedestres próximas ao viaduto da João Durval, cruzamento com a Getúlio Vargas. De acordo com Patrícia Santos, os horários mais perigosos para a passagem de pedestres são entre 6h30 e 9h, 14h e 18h.
O bombeiro civil Flavio Lima também reclama do perigo que enfrenta quando precisa atravessar a avenida. “Já vi vários acidentes aqui, pois os motoristas não têm consciência de que constantemente pedestres, incluindo alguns cadeirantes, precisam se locomover de um lado a outro da Avenida João Durval.
Flavio Lima acha que as autoridades devem ter maior atenção na organização do trânsito na João Durval, principalmente durante os finais de semana, quando ocorre a feira livre da Estação Nova.
O superintendente municipal de Trânsito, Francisco Junior, diz que para reduzir os riscos de acidentes na Avenida João Durval, como em outras ruas da cidade, é necessário que exista conscientização dos motoristas.
“As pessoas precisam entender que somos mais pedestres do que motoristas. Se o condutor não tiver boa cidadania, não vai adiantar colocar uma faixa de pedestres no final da descida do viaduto, pois com isso vamos expor os pedestres mais ao risco do que resolver o problema”, afirmou.
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade