Bahia

Agentes penitenciários suspendem greve após notificação judicial

Em nota, o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb) informa que respeita a decisão da Justiça e suspendeu o movimento.

Andrea Trindade

Os agentes penitenciários retomaram as atividades neste sábado (6), após 11 dias de greve. Por volta das 9h o Sindicato que representa a categoria (Sinspeb) foi notificada da decisão judicial que classificou o movimento com ilegal.

A medida expedida no dia 29 de maio pelo juiz José Edivaldo Rocha Rotondano, acatou o pedido de antecipação de tutela do Estado da Bahia com base na vedação da Constituição à greve de todos os servidores integrantes das carreiras relacionadas à segurança pública, além da indisposição da entidade representativa de classe em negociar.

Em nota, o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb) informa que respeita a decisão da Justiça e suspendeu o movimento.

A categoria estava paralisada desde o dia 27 de maio e reivindica entre outras coisas a realização de concurso público, liberação de porte de armas e aposentadoria especial.Durante a greve ficaram mantidos apenas os serviços de alvará de soltura, alimentação e medicação pelos 30% do efetivo.

De acordo com Cristiano Cerqueira Maciel, que é delegado de base do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Feira de Santana, na cidade são cerca de 80 agentes. Já na Bahia, são 900 agentes penitenciários para 14 mil detentos em 17 unidades prisionais geridas pelo estado.

“Esse quantitativo é muito pouco para o número de detentos e impossibilita a gente de dar assistência devida a eles. Temos que fazer escolta externa, onde tem que saí no mínimo dois agentes para cada detento, mas sempre vamos sem armas e é por isso que queremos a regulamentação, pois assim poderemos ter mais segurança. O estado tem sido omisso nisso e a gente tem colocado nosso pescoço em risco”, afirmou.