Acorda Cidade
O coordenador de repressão à crimes financeiros do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Maurício Moradilo, informou quarta-feira (3) que três documentos foram encontrados em uma casa apontada como abrigo da quadrilha que invadiu e criou pânico na cidade de Conde, localizada a 200 quilômetros de Salvador, na terça-feira (2).
O delegado acredita que a quadrilha é da Bahia e formada por 16 pessoas. Contudo, o crime pode ter contado com a participação de pessoas de outro estado. Ele explica ainda que ninguém foi preso, nenhuma arma da ação apreendida e que os assaltantes não devem estar mais na região da cidade onde ocorreu o assalto.
De acordo com o delegado Moradilo, por volta das 20h de terça-feira, a Polícia Militar do Conde recebeu uma denúncia de que policiais da cidade de Pedrinhas, no estado de Sergipe, estavam perseguindo um carro de modelo semelhante a um dos veículos utilizados pelos assaltantes.
"A PM daqui [Conde] ficou sabendo que policiais de Pedrinhas estavam perseguindo um grupo na cidade. Só que os policiais não conseguiram pegá-los, mas fizeram buscas pelo local. Já por volta das 3h, recebemos uma denúncia de que pessoas estariam em uma chácara na zona rural de Pedrinhas. Ao chegarmos lá, encontramos roupas e documentos. Não podemos dizer se são de pessoas que participaram do assalto. Ainda estamos avaliando o que encontramos. Não sabemos se os donos dos documentos possuem passagem pela polícia, nem se são documentos roubados", explicou o delegado.
O delegado ainda afirmou que atualmente existe uma maior interação com as quadrilhas. "Esta é uma quadrilha da Bahia com pessoas de outros estados, porque às vezes os especialistas em determinados roubos são de outros lugares. Estamos encontrando em outras ações aqui no estado, por exemplo, gente de Itajaí, Santa Catarina, pois eles conseguem roubar um terminal em menos de uma hora com soldagem", revela.
"Realizamos uma ação de busca ostensiva, na Bahia, e em Sergipe estávamos com 120 policiais e eles conseguiram fugir. Eles não estão mais na região. Trabalhamos com a hipótese que alguém da cidade participou, talvez não do ato diretamente, mas passando informações", concluiu.
Ainda segundo a polícia, após a ação em Conde, os bandidos deixaram a agência com os reféns em dois veículos. Nesta quarta-feira, Moradilo informou que um terceiro carro pode ter sido usado no assalto. Na estrada, os assaltantes pararam um caminhão, o atravessaram na pista e tocaram fogo. Foi nesse momento que soltaram os reféns.
Contudo, de acordo com o delegado, ao imaginarem que a polícia já havia sido acionada, outro caminhão foi queimado. "Eles atearam fogo em outro caminhão, entre o Conde e Jandaíra, na divisa de Sergipe. Eles sabiam que a gente estava se aproximando e foi uma forma de criar um bloqueio", contou. As informações são do G1.