E, tenho dito

A morte do policial militar na quinta-feira (21), durante uma tentativa de assalto à agência dos Correios, no município de São José da Vitória, só reforça o que todos nós já sabemos: os policiais, assim como todas as pessoas, estão expostas ao alto índice de violência que assola o nosso país. Será que São José da Vitória tem o número suficiente de policiais para atender as necessidades da população ou faz parte do contexto de várias cidades do interior que têm dois ou três agentes para atender o município? Há cidades no interior da Bahia que nem delegado tem; um responde por vários municípios. E contextualizando com a morte do médico esta semana na orla da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, teve bate boca entre as autoridades, um querendo transferir a responsabilidade para o outro. O governador Pezão jogou a culpa no judiciário, alegando que a polícia prende e a justiça solta. E um procurador de justiça afirmou que o que faltou foram policiais no local. O que está faltando é investimento na segurança pública e mudança na nossa legislação. Os nossos órgãos públicos estão definhando, a cada dia perdendo o poder de resolver as questões das cidades e a segurança pública é um exemplo disso. Enquanto isso, a Câmara aprovou um projeto do presidente Eduardo Cunha, promessa de campanha, para se construir um novo prédio para os deputados no formato de shopping. É uma parceria público-privada, mas vai ter dinheiro público também. Em pleno momento em que nós vivemos as dificuldades gerais de um povo que não tem sequer o larvicida para combater um mosquito que causa epidemia de dengue? É o país das contradições.