Educação

Funcionários terceirizados paralisam atividades e alunos ficam sem aula

Ano letivo pode ser comprometido caso atividades permaneçam paralisadas, afirmou professora.

Naiara Moura

Trabalhadores terceirizados do Colégio Estadual Dr. Jair dos Santos Silva, localizado no bairro Feira IX, paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (20), devido à falta de pagamento de salários. Com a paralisação, as atividades da escola foram suspensas.

Os funcionários estariam sem receber salários há dois meses e sem receber vale transporte e alimentação há quatro meses, segundo a recepcionista Romilda Gonzaga. “Eu trabalho no Colégio Estadual Edelvira de Oliveira e vim dar o apoio aos colegas, pois estamos todos na mesma situação”, explicou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Ela afirmou que a situação se deve à mudança das empresas que realizam o serviço terceirizado. “A C&C rescindiu o contrato com o governo e uma nova empresa foi contratada, a Basetec, e com isso o último salário que a gente recebeu foi o de março”, informou.

Para o trabalhador terceirizado Cleber de Souza de Jesus, a falta de resposta torna a situação ainda mais complicada. “Eu queria saber quando vai chegar a nossa solução e quando o governo vai solucionar o nosso problema, porque não é a situação de um só funcionário e sim de todos”, apelou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A professora Ionara Barros disse que os professores estão apoiando os terceirizados. “Porque sabemos que não é digno de nenhum ser humano trabalhar sem a recompensa, que é o salário”.

Conforme a professora, as condições de uso da escola não estão de acordo com o indicado. “Os banheiros estão sem condição de uso e em alguns momentos até os alunos se prontificam para limpar as salas e varrer a escola para que eles possam ter aula”, destacou. A professora acrescentou que, caso a paralisação permaneça, o ano letivo será comprometido.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade