Daniela Cardoso e Ney Silva 

Enquanto os focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue e da febre Chikungunya, estão se proliferando nos bairros de Feira de Santana, o governo federal está atrasando o repasse de larvicida (pó usado para combater os focos do mosquito).

De acordo com o coordenador de endemias Edilson Matos, o setor conseguiu com muita dificuldade apenas 10 quilos do produto, que não dá para uma semana. Segundo ele, se até a próxima sexta-feira (15) o larvicida não chegar, o trabalho pode ficar comprometido. “Esse material é essencial na eliminação dos possíveis focos”, afirmou.

Ele garante, no entanto, que as equipes de agentes continuam realizando ações de orientação à comunidade para evitar que a situação piore. “Estamos fazendo um trabalho com os agentes de endemias, de casa em casa, em quase todos os bairros”, afirmou.

Edilson Matos informou que 20 bairros estão sem a ação dos agentes, pois os focos do mosquito estão controlados. Segundo ele, os agentes de endemias estão atuando em bairros como George Américo, Rua Nova, Pampalona, Sítio Novo, Cidade Nova e Parque Ipê, onde tem sido grande o número de notificações.

Ausência de agentes nos bairros

Questionado sobre a reclamação da comunidade de que não tem observado a presença de agentes de endemias nas ruas de bairros da cidade, Edilson Matos garante que 273 agentes estão trabalhando no combate aos focos do mosquito. “Cada agente trabalha em um universo de 800 a 1.000 imóveis. O agente passa em uma casa e só retorna 45 dias depois. Às vezes, as pessoas saem e não vêem os agentes trabalhando”, afirmou.

Ele disse que o trabalho dos agentes segue uma rigorosa fiscalização com assinatura de ponto, que é acompanhado por um supervisor geral e um inspetor, que comanda a turma. “O supervisor quando chega de manhã verifica a presença dos agentes, que são encaminhados para os setores e depois eles entregam de volta um boletim de que realizou a visita às casas”, explicou o coordenador de endemias.