Acorda Cidade
A Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma), vinculada à Secretaria da Saúde (Sesab), vai faturar, em 12 meses, mais de R$ 80 milhões com os medicamentos cabergolina e cloridrato de sevelâmer, que serão fornecidos ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A informação foi divulgada pelo secretário estadual da Saúde e presidente do Conselho Curador da Bahiafarma, Fábio Vilas-Boas, que empossou a nova diretoria da fundação nesta terça-feira (5) e apresentou trechos do novo plano de negócios da instituição. “Esta é uma empresa estratégica no processo de atração e fixação de laboratórios e indústrias farmacêuticas a fim de criar um polo farmoquímico na Bahia nos próximos anos”.
De acordo com o novo diretor-geral da Bahiafarma, Ronaldo Dias, que é farmacêutico e mestre de tecnologia em imunobiológicos, “uma das tarefas é estruturar e criar uma unidade comercial com atuação agressiva e implantar uma gestão de produção eficiente, de modo a sermos competitivos no mercado”.
Pesquisa e capacitação
Uma das metas é investir em pesquisa, capacitação e profissionalização, para que a Bahiafarma se firme no mercado como uma das grandes empresas do País. “A expectativa é que ela possa produzir de forma mais eficaz e econômica para o SUS”, acrescentou o secretário. A cabergolina, que passa a ser distribuída ainda neste mês para todo o Brasil, está sendo adquirido pela metade do preço por ser produzido no País.
Estimativas iniciais apontam que o SUS vai economizar cerca de R$ 33 milhões por ano com a aquisição centralizada dos medicamentos cabergolina e cloridrato de sevelâmer, na Bahiafarma, em detrimento da importação e aquisição com laboratórios privados. Isto corresponde a aproximadamente 50% das aquisições efetuadas pelo Ministério da Saúde, em todo o Brasil, com estes fármacos.