Daniela Cardoso
Pais de crianças autistas realizaram uma carreata na tarde de ontem (2) para lembrar o Dia Mundial do Autismo. A concentração da carreata foi na Avenida Nóide Cerqueira. De lá, eles seguiram pela Avenida Getúlio Vargas. O objetivo foi de conscientização a respeito da doença.
David, que é pai de uma criança autista, afirmou que existe outra condição de convivência com o filho. “A gente tem os mesmos problemas que outros pais, mas com algumas características que são peculiares ao autista, por exemplo, o tempo de resposta, que é um pouco maior e essa é a principal de diferença”, afirmou.
David informou que uma série de especialistas acompanha o tratamento de uma criança com autismo, mas que cada caso é um caso. Ele conta que descobriu que o filho era autista por volta de dois anos, devido a ausência da fala.
“Procuramos um neuropediatra e descobrimos que ele era autista. Uma das principais características para perceber se o filho é autista, é referente a comunicação da criança e também da própria socialização dela com outras pessoas. Existe uma dificuldade, uma distância. A convivência é uma batalha diária, pois a cada dia um objetivo deve ser conquistado. Cada dia é um recomeço”, destacou.
Cintia Souza Machado também tem um filho autista. Ela conta que descobriu há cerca de um ano, quando ele começou a apresentar uma regressão na convivência com outras crianças. Cintia destaca que um dos maiores desafios dos pais é a aceitação da sociedade.
“Uma das maiores dificuldades é a aceitação, principalmente, na inserção nas escolas, por não ter informação ou profissionais especializados. Apesar disso, eu não tive esse problema. A gente tem se unido e a quantidade de informações a respeito do assunto é grande, atualmente. Aqui em Feira já existem clínicas especializadas no tratamento do autismo. Cada dia a gente vai se aproximando, trocando experiências para que a vida dos nossos filhos se torne mais fácil”, salientou.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade


