Laiane Cruz e Ney Silva
Confirmando uma tendência de todo o Brasil, jovens entre 20 a 34 anos são os mais afetados com o vírus HIV em Feira de Santana. Ontem (1), Dia Mundial de Combate a Doença, o programa DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde iniciou testes rápidos para diagnosticar o vírus. Durante o mês de dezembro o atendimento será realizado nas policlínicas.
A coordenadora do DST/AIDS, Vanessa Sampaio, informa que a ampliação do diagnóstico resulta em melhor qualidade de vida para o paciente com o vírus, visto que ele vai iniciar precocemente o tratamento e o acompanhamento.
De acordo com ela, o programa acompanha atualmente 1.656 pessoas, as quais fazem a adesão ao tratamento, com o uso de antirretrovirais e consultas com infectologistas. “No ano passado nós tivemos 197 casos novos de janeiro a outubro, e esse ano 195. A gente observa um crescimento em pessoas jovens e em idade reprodutiva, de 20 a 34 anos”, informou.
A coordenadora ressalta que o uso do preservativo previne não só a gravidez indesejada, mas também todas as doenças sexualmente transmissíveis. “O HIV é o vírus e a Aids é a doença de fato. Tem pessoas que vivem com o vírus do HIV por muitos anos, desde que sejam acompanhados. O grande perigo é que o HIV resulte na AIDS, porque aí é quando vêm as doenças oportunistas e que realmente podem debilitar o paciente e evoluir a óbito”, explicou.
Wanessa Sampaio esclareceu ainda que devido os efeitos colaterais, muitos pacientes abandona o tratamento. No entanto, os efeitos duram até que o organismo se adeque aos medicamentos.
“O infectologista vai prescrevendo as medicações até que se adequem ao estilo de vida da pessoa, ao organismo. Então o objetivo é a adesão do tratamento, porque a partir do momento que vem o efeito colateral as pessoas abandonam o tratamento. Quem tem o vírus do HIV também fazem uso de antirretrovirais”, afirmou.