Daniela Cardoso e Ney Silva
O banco de soro antiveneno do Hospital Geral Clériston Andrade está funcionando normalmente e se existe escassez de soro antiofídico para combater o veneno de cobras não é do conhecimento daquela unidade hospitalar. Quem afirma é a enfermeira Damares Rocha, que trabalha na Vigilância Epidemiológica do hospital.
Essa questão foi abordada porque esta semana a bióloga do Laboratório de Animais Peçonhentos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Dulcineia de Andrade afirmou que o soro antiofídico estaria em escassez na Bahia. E o pior, quem for picado, segundo ela, corre o risco de morrer por falta do soro.
Damares Rocha afirmou que não sabe de onde partiu essa ideia e garantiu que o Clériston Andrade continua sendo o hospital referência em acidentes com animais peçonhentos.
“Temos os soros específicos para cada picada. Esses soros vêm da 2ª Dires e são fornecidos pela Secretaria de Saúde do Estado. No momento temos no Clériston os soros utilizados em casos de picada de cascavel, serpentes e corais. Além disso, temos outros soros para picada de aranha, escorpião, além de vacinas para mordida de cachorro, ratos e utilizada após acidente com materiais cortantes, para prevenir o tétano”, afirmou.
A enfermeira Damares Rocha explicou ainda como deve proceder o paciente picado por uma cobra ou outro animal peçonhento. De acordo com ela, seria muito importante se a pessoa levasse ao hospital o animal, caso ele esteja morto, para que os médios identifiquem qual é o tipo, pois às vezes a pessoa não consegue fazer essa identificação.
“O paciente deve procurar o hospital referência de imediato, após a picada, onde ela vai ser avaliada e através dos sintomas o médico irá dosar a quantidade de soro que ela vai tomar ou não. Essa investigação é importante para saber o tipo de animal e há quanto tempo a pessoa foi picada”, esclareceu.
