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Decapitação foi a causa da morte de Geovane Mascarenhas Santana, 22 anos, visto pela última vez com vida no dia 2 agosto, durante uma abordagem realizada por policiais da Rondesp no bairro da Calçada. De acordo com informações divulgadas pelo site Correio, o laudo do Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues (IMLNR) foi assinado pelos peritos Eliomar Santana Trindade e Paulo Sérgio Peixoto de Araújo, no dia 26 de agosto, e encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações.
O Correio teve acesso ao documento, que aponta que, após a decapitação, o corpo foi carbonizado, além de sofrer mutilações. A ação é classificada no exame como “dantesca”. Geovane foi “vítima de decapitação seguida de carbonização, ações de extrema violência, associadas a requisitos de característica dantesca com a mutilação e retirada das mãos, dos testículos, do pênis e das tatuagens”, diz o laudo.
O exame mostrou que não havia fuligem nas vias aéreas do corpo, o que “demonstra que não houve aspiração pela vítima de fumaça enquanto vivo”. Ainda de acordo com o documento, o corpo foi envolto em um plástico antes de ser queimado. Outra constatação é de que não houve fraturas no rosto ou na cabeça, nem lesões em órgãos e ossos, nem hemorragias. De acordo com o laudo, a arma utilizada no crime foi “objeto cortante ou penetrante”.
O corpo de Geovane foi encontrado carbonizado e degolado no Parque São Bartolomeu, no dia 3 de agosto. Já a cabeça e as mãos foram encontradas em Campinas de Pirajá, no dia 4. No dia 12, a Justiça decidiu prorrogar por mais 30 dias a prisão dos três policiais militares envolvidos no desaparecimento de Geovane.