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A programação da semana de recepção de calouros da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto), em Minas Gerais, causou polêmica nas redes sociais. Isso porque os alunos do curso de serviço social incluíram nas boas-vindas aos novatos um evento chamado de "Oficina de Siririca: roda de conversa sobre a masturbação das mina". Segundo informações do Uol, o encontro foi realizado nesta quarta-feira (17).
A assessoria de imprensa da Ufop afirmou que a oficina não é um evento de recepção aos calouros, mas uma ação específica do CA (Centro Acadêmico) do curso de serviço social. Entretanto, o evento consta na programação da calourada divulgada pelo CA.
Ainda de acordo com o Uol, a universidade informou, em nota, que "respeita a diversidade do pensamento e o debate democrático sobre quaisquer assuntos relacionados à sexualidade, gênero e comportamento no âmbito de seus institutos".
Opiniões divididas
Assim que caiu nas redes sociais, a oficina dividiu opiniões entre os próprios universitários. "Achei a ideia legal. É isso aí, fragmentando com os tabus", apoiou um estudante de artes cênicas. Alguns, porém, criticaram a iniciativa. "O conhecimento, como instrumento de crescimento individual, enfrenta uma severa crise entre os universitários. A passagem pela universidade é apenas para conseguir um diploma. Sendo assim, sobra bastante tempo para fazer oficina de punheta e siririca", comentou um jovem.
Evento não é novidade
Apesar de polêmica, esse tipo de atividade parece não ser novidade no meio acadêmico. No início deste mês, estudantes do CACE (Centro Acadêmico de Ciências do Estado) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em Belo Horizonte, incluíram a "Oficina de Siririca" entre as atividades do Congresso de Diversidade Sexual e Gênero.
De acordo com o material de divulgação do evento, a proposta da oficina foi "estimular a troca de experiências, preferências e manejos relacionados à siririca". Para isso, foi utilizado na oficina "fotografias e imagens que auxiliem no exercício de compartilhar nomes, sentidos e limites anatômicos e simbólicos dos lugares nas nossas carnes". "Desejamos que com estas trocas e provocações possamos dialogar em torno de práticas, tabus, técnicas, significados da masturbação", diz o texto divulgado em redes sociais.