Feira de Santana

Diretor de áreas verdes diz que furto de peixes foi por desatenção da Guarda Municipal

Ele informou que esse já foi o segundo furto de peixes ocorrido no parque e que isso não deveria ter ocorrido, pois no local tem uma equipe permanente da guarda municipal, que funciona 24 horas.

Daniela Cardoso e Ney Silva

O furto de peixes ocorrido na semana passada no Parque da Lagoa Erivaldo Cerqueira, área de lazer da prefeitura municipal, localizado no bairro Galileia, foi causado pela falta de atenção de prepostos da Guarda Municipal de Feira de Santana. A afirmação é do diretor de áreas verdes da prefeitura municipal de Feira de Santana, José Deodato Peixinho Filho.

Ele informou que esse já foi o segundo furto de peixes ocorrido no parque e que isso não deveria ter ocorrido, pois no local tem uma equipe permanente da guarda municipal, que funciona 24 horas.

“Essa não é a primeira vez que a diretoria se queixa da ausência do fluxo de peixes naquele local. No primeiro furto, avaliamos que houve uma queda de 40% no número de peixes. Na ocasião os guardas discordaram e ficou o dito pelo não dito”, afirmou Deodato.

Ele diz que isso ocorreu porque a guarda municipal é coorporativa, mas ressalta que alguns guardas são compromissados com a segurança e que a secretaria de Prevenção a Violência tem a responsabilidade em manter a segurança no parque.

Na opinião de Deodato Peixinho, os guardas são apáticos, desinteressados, acomodados e desentrosados com o tipo de serviço do Parque da Lagoa. “Aquela área é de interação socioambiental e quem trabalha lá não pode agir como um guarda patrimonial, que chega, senta e depois vai embora quando acaba o horário, o que se vê muito no parque”, afirma o diretor.

Depois da queixa de Deodato Peixinho, a equipe do Acorda Cidade foi até o parque, por volta das 10h30 desta terça (9), para observar a situação. No local, o repórter Ney Silva foi recebido pelo vigilante Almiro Miranda Machado, que é servidor público. O primeiro questionamento do repórter foi por que naquele momento não tinha nenhum guarda de serviço.

O vigilante informou que o parque amanheceu com guardas municipais, mas que a equipe tinha encerrado o turno e ainda não tinha chegado outra para assumir o plantão.

Ao ser informado da queixa do diretor de áreas verdes da prefeitura sobre o furto dos peixes, Almiro Miranda contestou, afirmando que isso não é verdade e que os peixes continuam na lagoa.

Em seguida, ele convidou a equipe do Acorda Cidade para provar que na lagoa tem muitos peixes. De posse de um balde com ração, o vigilante foi até o malhador (área cercada onde se costuma colocar comida para os peixes) e começou a jogar o alimento na água. Em poucos segundos, o local ficou cheio de peixes.

Na avaliação do vigilante, pela quantidade de peixes existentes no parque, não houve furto, nem na primeira vez, nem agora, como informado por Deodato Peixinho. Ele acha que na lagoa tem pouco mais de 200 peixes, como Carpa, Tabaqui, Traíra e Tilapia.

Almiro Miranda disse ainda que no Parque da Lagoa tem tanto peixe que daqui há três meses terá que se fazer uma retirada dos mesmos, para que eles não morram por falta de oxigênio na água.