Laiane Cruz

O secretário de saúde da Bahia, Washington Couto, afirmou em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta terça-feira (12) que o governo irá investir 780 mil reais na reforma do setor de emergência do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana. A expectativa, segundo ele, é que o início das obras ocorra em pouco mais de um mês.

O anúncio foi feito após uma polêmica campanha de arrecadação de doações para reforma do setor de emergência e a sala de medicação do hospital, feita pelo médico César Oliveira, professor do curso de medicina e coordenador da residência médica da unidade hospitalar. De acordo com o secretário, apesar das boas intenções do profissional, a campanha não pôde ser aceita, uma vez que haveria necessidade de licitação para que os valores doados pudessem entrar no caixa do estado.

“No setor público a gente tem que fazer as coisas e prestar contas à sociedade. Nesse caso ele tinha que ter tomado a atitude correta, oficialmente comunicar, nós íamos pedir autorização, porque tem que haver o processo licitatório independente do processo de doação ou não dos recursos que estão adentrando o caixa do estado, com a campanha que ele iria fazer”, explicou Couto.

UPA

O secretário Washington Couto informou ainda que está em andamento a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do HGCA, que deverá dar suporte nas ações do setor de emergência e desafogar o atendimento no local. Ele explica que serão investidos 1.390 milhão de reais no projeto, com recursos vindos do programa do Ministério da Saúde QualiSUS, que prevê a qualificação das portas de entrada das grandes emergências.

De acordo com Couto, 40% das obras já foram concluídas e a expectativa é que a entrega do equipamento seja feita entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015. Assim, para que os pacientes deem entrada no hospital, eles deverão passar pela unidade primeiro, que prestará os primeiros socorros e avaliará os graus de urgência caso a caso.

“As pessoas vão ter classificação de risco, entrada humanizada, separando mulher de homem, criança de adulto, os casos mais graves vão ter prioridade porque entram direto para a sala vermelha, uma sala que vai cuidar em primeiro lugar de manter a vida do paciente, pra depois a gente ter condições de levar o paciente para o centro cirúrgico, para uma UTI, enquanto as pessoas que não precisam de um atendimento mais rápido também vão ser acolhidas”, explicou o secretário.