Laiane Cruz

O comércio no Brasil vem enfrentando dificuldades por causa da carga tributária excessiva e do grande número de camelôs. Em Feira de Santana, a situação pode ocasionar o fechamento de lojas nos próximos três anos, a informação é do empresário do ramo de confecções Roberto Carlos Lima da Silva. Dono de quatro lojas, ele já realizou demissões para evitar o fechamento da sua empresa. Ele afirma ainda que destina mais de 50% do que arrecada ao pagamento de impostos.

De acordo com o Roberto Carlos, o empresário que é estabelecido tem 54% de impostos embutidos nas mercadorias. “Se eu comprar uma peça de 10 reais e colocar na minha loja para vender, ela passa a custar R$ 15,40, desse valor em diante é que eu vou colocar meu lucro. A carga tributária é muito dura. Eu tenho uma loja no centro da cidade que só de IPTU são R$ 1.200 por mês”, afirmou.

O empresário reclama ainda da presença de ambulantes em frente às lojas, o que, segundo ele, forma uma concorrência desleal. Por isso ele acredita que o governo deve montar uma estrutura adequada para os vendedores informais em outros locais.

“O governo poderia montar uma estrutura em lugares adequados e lá eles poderiam vender ao preço que quisessem. Esse ano eu não pude vender camisa do Brasil por que no informal ela estava de 10 reais. Essa camisa hoje, com a carga tributária, eu fabricando, chega ao meu estabelecimento por R$ 10,80, aí eu não tenho condição de concorrer. Então não fiz nenhuma peça e fiquei sem vender”, declarou Roberto Carlos. 

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.