Daniela Cardoso

Com a eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo, comerciantes de Feira de Santana que investiram em artigos verde e amarelo, retiraram os produtos das vitrines. Quem manteve os produtos expostos, investiu nas promoções, mas a procura foi mínima.

Antônio Silvio Lima, conhecido como ‘Tonho Gordo’, abasteceu a loja com produtos diversos da seleção brasileira. Perucas, chapéus, bolas, uma grande variedade, que até antes do jogo contra a Alemanha, estava tendo uma grande saída. “Estava vendendo bem e tive que fazer a reposição de alguns produtos, mas, após a derrota do Brasil, ainda não vendi nada”, afirmou.

A esperança do comerciante é que até o próximo sábado, quando o Brasil disputará o terceiro lugar na competição, ele consiga vender mais alguns produtos e, o que não for vendido, ele já sabe qual será o destino. “Uma parte vou guardar e a outra vender aos poucos no varejo. Imagino que alguns comerciantes vão querer vender o estoque e podem me procurar que eu compro. Em 2015 vem a Copa América e em 2016 as Olimpíadas, depois vem a Copa das Confederações”.

Andréia Santos Nascimento também tem planos de guardar os produtos para as próximas competições esportivas. Ela reclama de prejuízos. “A gente tem muitas peças e agora teremos que guardar. Não tem como vender barato senão o prejuízo é maior. O movimento caiu muito, e os comerciantes tiraram os produtos das vitrines. A gente estava esperando uma coisa e aconteceu outra diferente. Esperávamos que o Brasil vencesse. Tínhamos camisas que custavam R$ 60 e agora custam R$ 20, mesmo assim ninguém quer”, declarou.

O comerciante Ademar Costa não conseguiu vender nenhuma camisa da seleção brasileira nesta quarta, porém afirmou que já vendeu da Argentina e da Alemanha. “A camisa custava R$ 50 e a gente ia vender até por R$ 25, se alguém viesse procurar, mas como não houve procura, retiramos da frente da loja. Acho que o certo mesmo será vender apenas na outra Copa. O brasileiro só compra quando o Brasil está na alta”, afirma.

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.