CBF denunciará médicos que sugeriram participação de Neymar na final da Copa

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não gostou da postura de alguns médicos, que sugeriram que Neymar poderia passar por alguns tratamentos para poder atuar em uma possível final da Copa do Mundo.

Em comunicado oficial, a CBF informou que vai respeitar o tempo de recuperação do atleta e encaminhará o nome dos profissionais que fizeram este tipo de sugestão ao Conselho Federal de Medicina, para que o caso seja avaliado, já que alguns profissionais "feriram a ética e agiram de forma grave".

Os rumores de que Neymar poderia entrar em campo no dia 13 de julho, caso avance às finais do Mundial, surgiram após a visita de Mauricio Zenaide e Rafael Martini, médico e fisioterapeuta do Santos, respectivamente. Alguns médicos especialistas em coluna também foram à casa do atleta, sugerindo que algumas infiltrações dariam uma possibilidade de o camisa 10 atuar sem dores.

Irritado, o médico da Seleção Brasileira José Luis Runco chamou a possibilidade de "absurda" e reforçou que a atitude poderia trazer graves problemas ao atacante. Neymar também se pronunciou e garantiu que só atuaria caso recebesse o aval de Runco.

O craque brasileiro fraturou a terceira vértebra da região lombar no jogo diante da Colômbia, na última sexta-feira. A previsão é que ele só possa voltar a atuar após 45 dias.

Confira o comunicado da CBF na íntegra:

"A CBF esclarece que o atleta Neymar, com fratura estável de apófise transversa de L3, com excelente prognóstico à sua vida de atleta, desde que a consolidação da mesma se faça no tempo que a boa prática médica requer, e que condutas açodadas colocam em risco sua vida futura como atleta conforme as propagadas em alguns informes de mídia, por colegas médicos, o que, óbvio, não muda a conduta da comissão médica da Seleção Brasileira.

As medidas da ética médica, que requer o caso, serão encaminhadas à análise do Conselho Federal de Medicina para os procedimentos cabíveis ao caso, ao nosso ver de extrema gravidade aos artigos de nosso código de condutas".

As informações são do Correio.