Serviço de doença falciforme promove campanha do agasalho

^{Daniela Cardoso}

Nesta quinta-feira (19), é lembrado o Dia Mundial da Pessoa com Anemia Falciforme. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Cidade Nova, em Feira de Santana, onde funciona o serviço, a equipe está fazendo uma campanha para arrecadar agasalhos. A enfermeira Luciana Brito, que é a coordenadora do serviço, explicou que o período em que as pessoas portadoras da doença falciforme mais sofrem é durante o inverno.

“O inverno é um período em que a gente entra em alerta. A gente tenta levar o conhecimento para os pacientes se aquecerem. Nesse momento eles têm a vasoclusão, com isso eles deixam de receber o oxigênio suficiente nos órgãos e vai precipitar uma crise de dor. No verão a gente orienta a hidratação, que é fundamental, mas o período de inverno é o mais crítico”, afirmou.

Por isso, Luciana Brito destacou a importância da campanha, que vai doar os agasalhos para famílias de baixa renda que têm pessoas com a doença. “Quem tiver interesse pode trazer as roupas de frio e meias. Podem ser roupas infantis e adultas. Nós iremos doar até o final de julho para as famílias que necessitam”.

A enfermeira falou ainda sobre os cuidados que os pacientes devem ter para tratar a doença falciforme, que é hereditária, passada de pais para filhos. De acordo com ela, o paciente deve ter a consciência do autocuidado.

“Todos os anos na data em que é lembrada a doença, nós nos reunimos para falar sobre esse assunto. Além do autocuidado, é importante também fazer esse trabalho de conscientização com as famílias dos pacientes com a doença falciforme. Temos um projeto da Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana), conduzido pela enfermeira Aline Xavier, que tem o intuito de mostrar às famílias a importância do cuidado com as pessoas que têm a doença falciforme”, informou.

Segundo a enfermeira Luciana Brito, quando a criança nasce é feita a triagem neonatal, que é o teste do pezinho, que identifica se ela tem ou não a doença falciforme. “Caso a criança não tenha feito a triagem neonatal e já na fase adulta desconfiar que tem a doença, por causa dos sintomas, ela pode vir até o centro de referência e a gente vai solicitar o exame. Uma vez diagnosticado, a gente conduz para o melhor tratamento”, explicou.

Sintomas

Os sintomas mais graves, de acordo com a enfermeira Luciana, são as dores no corpo, tanto nos ossos como nos músculos. Além disso, os pacientes com a doença falciforme podem apresentar amarelidão nos olhos, além de problemas cardíacos, problemas renais e insuficiência respiratória.

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.