Daniela Cardoso

A empresa Delta, que presta serviços nas áreas de limpeza e administração em escolas do estado, decidiu demitir 37 funcionários. A empresa encerrou o contrato com a secretaria estadual de Educação e está participando de uma nova licitação para continuar ou não prestando serviço ao Estado. A líder comunitária Paula Santana, que era funcionária da Delta, afirma que alguns avisos prévios foram suspensos e confirma que houve demissões.

“Os avisos foram suspensos para algumas pessoas. Quem estava à frente das manifestações, foram demitidos. Nós fomos punidos por buscar nossos direitos. Eu interpreto isso como perseguição. A diretora da Direc nos garantiu que não seríamos punidos por colocar a cara a tapa. A gente fica sem receber e não tem o direito de reivindicar?”, questionou.

Paula Santana disse ainda que até uma funcionária da Delta, que está com uma fratura em um dos pés, também foi demitida pela empresa. “Uma colega nossa está com o pé quebrado desde maio e está de atestado médico. Ela não pode ser posta pra fora, mas a empresa Delta disse que pode sim”, afirmou.

Ainda segundo Paula, o prazo para o pagamento da rescisão já venceu, mas ainda não foi paga. Além disso, conforme afirmou, o salário do mês de maio também não foi pago ainda. A informação é que será pago a partir do dia 17.

“As pessoas que não foram demitidas têm medo de falar, mas tem que ter alguém pra falar e representar o povo. Independente de eu estar na Delta ou não, eu vou continuar indo para as manifestações”, declarou.

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade