Ney Silva
 
O Centro de Atenção Psicossocial Álcool Drogas (Caps-AD), está realizando desde o último dia 15, e prossegue até o dia 30 de maio, a Campanha de Prevenção e Controle ao uso do Cigarro. O trabalho é interno e além de atender pacientes que são fumantes, está incluindo também as pessoas que usam álcool, craque e cocaína. Segundo a coordenadora do Caps-AD, psicóloga Carolina Carvalho, o uso do tabaco está associado a outras drogas.
 
Ela explicou ainda que a campanha está voltada também para os familiares dos dependentes dessas drogas com distribuição de material sobre o tabagismo passivo. "As pessoas que não fumam, mas que convivem com fumantes, também têm o risco de adoecer", afirma Carolina.
 
A coordenadora informou ainda que em dez anos de funcionamento o Caps-AD tem atendido cada vez mais pessoas interessadas em fazer o tratamento para controlar o uso de cigarros. Segundo Carolina, no passado as mulheres fumavam e achavam que isso era algo elegante. Atualmente, de acordo com ela, a visão mudou e as pessoas veem o cigarro como uma coisa vergonhosa.
 
"As mulheres dizem que quando estão fumando já são vistas de forma diferenciada e estão muito interessadas em deixar de fumar", explica Carolina. Ela acredita que essa cultura mudou porque as mulheres estão buscando melhor qualidade de vida.
 
Desde o ano de 2004 que a Prefeitura de Feira de Santana criou o Programa Municipal de Prevenção e Controle ao Tabagismo. A equipe é capacitada com metodologia e instruções do Inca (Instituto Nacional do Câncer pela Terapia Cognitiva Comportamental). Além disso, existe medicação para tratamento do tabagismo que é aplicada e distribuída gratuitamente para a população.
 
Estrutura
 
O Caps-AD tem uma equipe composta por 21 profissionais e funciona de segunda a sexta-feira. Estão cadastrados na unidade 5.500 pacientes ativos. frequentando regularmente por mês, são 700. Carolina explica que com relação aos demais pacientes cadastrados que não frequentam a unidade, alguns já estão recuperados e outros mudaram de cidade para ficar mais perto da família.
 
Além disso, a coordenadora salienta que muitos pacientes não precisam mais do atendimento na instituição e são encaminhados a serviços de atenção básica da Prefeitura. "Infelizmente tem casos de óbitos e são vários os motivos que levam as pessoas a não frequentarem o Caps-AD", afirmou. Ela informou que o trabalho realizado é de conscientização e que não há como obrigar as pessoas a fazerem o tratamento.