Daniela Cardoso 
 
O irmão de um paciente que morreu na última quinta-feira (8) no Hospital Geral Clériston Andrade reclama que a falta de água ocorrida na semana passada na unidade hospitalar, agravou a situação do paciente, já que ele necessitava de uma hemodiálise com urgência, mas com a falta de água, não foi possível a realização do procedimento.
 
Paulo César Arcanjo de Souza informa que o irmão deu entrada no Clériston Andrade na terça-feira (6) e foi para a semi-UTI, após sofrer uma parada respiratória. Segundo ele, o irmão foi medicado e ficou internado, porém a situação se agravou e a equipe médica informou que ele teria que fazer a hemodiálise.
 
Ainda segundo Paulo César, o procedimento teria que ser feita na quinta-feira (7), o que não ocorreu e a situação do irmão foi se agravando. 
 
“Na quinta à noite, a Embasa informou que ia faltar água. Quando chegou um caminhão tanque, não deu nem para chegar na máquina da hemodiálise. A água não teve força suficiente para fazer o procedimento. Meu irmão foi se agravando, teve insuficiência respiratória, infecção. Quando chegou água no hospital, por falta das 6h30 do outro dia, meu irmão já estava praticamente morto”, relatou.
 
Paulo César disse que a família pensou em transferir o paciente para fazer o procedimento em um hospital particular, mas de acordo com ele, os médicos disseram que não tinha ambulância. “A gente queria tirar ele dali, nem que ele morresse, mas pelo menos a gente teria tentado”, desabafou. 
 
Ele disse que não culpa a Embasa pela morte do irmão, já que a empresa avisou sobre a falta de água. Porém, Paulo César pede que, caso isso ocorra outra vez, o hospital tome providências e esteja prevenido. 
 
“Meu irmão foi atendido, foi assistido, mas o que me revolta é que ele precisava fazer a hemodiálise e não foi feita. A família está sentida com isso e está pedindo força a Deus para seguir em frente”, disse emocionado.
 
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade