Bahia
Defesa de Prisco entra com novo pedido de habeas corpus
Pedido foi motivado por uma decisão do judiciário, que aceitou o pedido de desbloqueio das contas das entidades envolvidas na greve.
Acorda Cidade
A defesa do vereador Marco Prisco entrou com um segundo pedido de habeas corpus no Superior Tribunal Federal (STF).
De acordo com a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), o pedido foi motivado pela decisão do judiciário, que aceitou o pedido de desbloqueio das contas das entidades envolvidas na greve da PM.
Entre os motivos citados pelo Ministério Público Federal (MPF) para a prisão de Prisco estava a manutenção da ordem pública. Por conta da liberação das contas da Aspra e outras associações, os advogados entraram com novo pedido de liberdade para o vereador.
"É de conhecimento de todos que há muito a cidade já voltou à sua rotina. A prova inconteste é a decisão do desembargador. Quando ele libera as contas sob o argumento de que a ordem foi restabelecida, também já não há base jurídica para manutenção da prisão. O que temos aqui é o próprio judiciário afirmando não ter mais motivos para a preventiva de Prisco", analisou a advogada de Prisco, Marcelle Maron, que acompanha o caso em Brasília.
Prisco está preso desde o dia 18 de abril quando a Polícia Federal o deteve, após o fim da última greve da PM. A Aspra ainda justifica o segundo pedido de habeas corpus na saúde do vereador. "Ele [Prisco] se encontra em estado de saúde delicado, com sérios problemas cardíacos e gástricos. Ainda hoje na UTI do Hospital de Base, em Brasília", disse Marcelle Maron.
No último domingo, ele passou mal no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, e permanece internado desde então no Hospital de Base de Brasília. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal descartou que ele tenha sofrido um princípio de infarto na ocasião, como chegou a informar a defesa do político.
Em um boletim médico divulgado na quinta-feira (8), a Secretaria de Saúde informou que Prisco passou por cateterismo e permanece estável, aguardando avaliação da clínica médica devido a uma dor de estômago.
Ainda na quinta-feira (8), a Mesa Diretora da Câmara Municipal aprovou a licença sem remuneração por 60 dias do vereador Marco Prisco (PSDB). Ela foi solicitada pelo próprio vereador no dia 2 de maio e deferida de forma unânime na casa.
Entenda o caso
Prisco liderou um movimento grevista dos policiais militares da Bahia, que foi encerrado no dia 17 de abril. A prisão do vereador, no entanto, foi motivada por outra greve, também encabeçada pelo vereador, em 2012.
No ano passado, o Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) denunciou Prisco e mais seis pessoas por crimes praticados contra a segurança nacional durante essa paralisação. As informações são do Correio.
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