Pecuaristas alegam prejuÃzos com a seca e sindicato pede perdão de dÃvidasPecuaristas alegam prejuÃzos com a seca e sindicato pede perdão de dÃvidasPecuaristas alegam prejuÃzos com a seca e sindicato pede perdão de dÃvidasPecuaristas alegam prejuÃzos com a seca e sindicato pede perdão de dÃvidas
O Sindicato dos Produtores Rurais promoveu na manhã de ontem (8) um seminário com os produtores rurais e pecuaristas do semiárido baiano para discutir a seca e suas consequências. De acordo com o presidente da entidade, Carlos Henrique, os pecuaristas estão preocupados com os prejuízos alcançados devido à forte estiagem.
De acordo com Carlos Henrique, os pecuaristas estão endividados e não têm como pagar os empréstimos. Ele informou que os produtores devem aproveitar o atual momento político para pedir o perdão das dívidas.
“A situação ainda não é confortável porque nós ainda estamos sofrendo as consequências da seca que tivemos notadamente durante esses últimos três anos. Pelo que nós estamos sabendo, infelizmente, nós teremos um período de seca, em breve. O que o pecuarista tem que defender é o não pagamento dessas dívidas, porque se você já se encontra endividado como é que vai pagar outras dívidas?”, declarou o presidente do sindicato.
Ainda durante o evento, dois técnicos de Salvador falaram sobre as perspectivas de chuvas para a região. A meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Cláudia Valéria, explicou que Feira de Santana está situada em uma área de transição, que sofre influências do litoral, porém com chuvas em volume menor. Por isso, de acordo com ela, os pecuaristas devem se preparar para poucas chuvas nos próximos meses, que serão capazes de manter as pastagens, mas não de encher os reservatórios.
“Existem perspectivas de chuvas ao longo da faixa litorânea da Bahia, pegando também parte da região de Feira de Santana. Só que essas chuvas já não são mais aquelas intensas, que normalmente vêm para repor os recursos hídricos, encher os tanques, que são as chuvas de trovoada. Essas chuvas agora são aquelas mais finas, em que a temperatura fica mais amena”, informou Cláudia Valéria.
Outro convidado para palestrar, o geógrafo Gildarte Silva explicou que para o segundo semestre são esperadas poucas chuvas por causa do fenômeno climático EL Niño, que é um aquecimento anômalo das águas do oceano pacífico equatorial, de origem ainda desconhecida. Ele ocorre ao longo do Peru-Equador, e se configura no aquecimento das águas superficiais, o qual contribui com o desvirtuamento do comportamento climático a nível global, provocando chuvas em algumas regiões e estiagem em outras. "Geralmente as estiagens do nordeste estão associadas ao El Niño. As agências internacionais todas apontam para condições de formação de El Niños no segundo semestre desse ano”, alertou.
Para o secretário de Agricultura e Recursos Hídricos do município, Ozeny Moraes, a preocupação é enorme. De acordo com ele, as chuvas que já caíram este ano não foram suficientes para atender a demanda por água, e o município hoje não tem reservas de água subterrânea. "Nós temos em atendimento 14 sistemas simplificados com poços artesianos, a maioria deles quebra regularmente e nós temos de mês em mês fazer reparos".
Ele acrescentou, ainda, que Feira já está dentro do período de plantio, que começou no dia 15 de abril. “Estamos na expectativa para ouvir o que os técnicos têm a nos dizer para que nós possamos trabalhar, sobretudo, para a agricultura familiar que é muito forte aqui no município”, disse o secretário.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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