
O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, sancionou, no último sábado (20), a Lei nº 4.386, que oficializa, institui e inclui o Arrastão da Micareta no Calendário Oficial de Festas Populares ou evento da cidade a ser realizada após o último dia oficial da festividade.
O Projeto de Lei nº 82/2025, de autoria do vereador Luiz Augusto de Jesus, Lulinha, visa oportunizar a participação das pessoas que trabalharam durante a festa. “O Arrastão da Micareta é uma chance para aqueles que trabalharam durante os dias oficiais da festa se divertirem, além de ser uma oportunidade para os ambulantes venderem seus produtos que não conseguiram comercializar durante a Micareta”, afirmou o vereador.

A festividade, que foi idealizada pelo cantor feirense Thiago Aquino, já acontece desde o ano de 2023, e agora poderá contar com apoio do Poder Público Municipal nas áreas logística, estrutural e institucional, conforme previsto na legislação vigente. Para garantir a realização do evento, o Poder Executivo Municipal poderá firmar parcerias com entidades públicas e privadas, respeitando as normas legais e orçamentárias.

Os custos para executar esta lei serão pagos com recursos próprios do município, podendo haver reforço no orçamento, se necessário. A Prefeitura deverá regulamentar esta Lei no prazo de até 30 dias após sua publicação.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o vereador Lulinha reforça a natureza popular da festa e afirma que não há nenhum custo para os foliões. “É uma festa que é do povo, né? Não custa nada para as pessoas que vão participar, não vão pagar camarote e nem pagar camisa. É uma festa que não tem briga, não tem confusão”, afirmou.

O vereador também compara o apoio popular do arrastão de Feira com o apoio para o arrastão de Salvador, capital baiana. “Houve uma discussão ampla na internet. Alguns a favor, alguns contra, mas no final, os vereadores entenderam que ele [o arrastão] era de grande importância para a cidade. O de Salvador não acabou e houve um apoio popular. Alguns empresários foram contra, mas aqueles que são beneficiados ficaram a favor, que é o povo”, comentou.
Segundo Lulinha, o projeto só teve um voto contrário, do vereador Edvaldo Lima. “Não houve abstenção, todos concordaram, quase todos estavam presentes”, afirmou Luiz Augusto.
Para ele, o arrastão não atrapalha o funcionamento do comércio. “Na segunda, tudo se encontra fechado, só abre após 13h, praticamente quando está acabando o arrastão. Então isso não iria incomodar muito os comerciantes, porque o funcionário só volta 13h ou 14h, e muitos estabelecimentos nem abrem, já que primeiro vão lavar a cidade, e depois começar a desmontar”, relatou Lulinha.
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