Em balanço de obras realizadas em 2025, prefeito confirma data para licitação da Artêmia Pires e intervenções em outros bairros

O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (União Brasil), afirmou que a obra de duplicação da Avenida Artêmia Pires será totalmente executada e que a licitação para o serviço tem previsão de ser publicada no mês de janeiro.

A declaração do prefeito foi feita na manhã desta quarta-feira (17), durante uma coletiva de imprensa, onde foram apresentadas as principais ações da gestão ao longo do ano de 2025, com licitação prevista para janeiro.

Planejamento estrutural

No encontro, que contou com a participação dos principais radialistas de Feira de Santana, Ronaldo apresentou um balanço detalhado, ponto a ponto, com as obras de infraestrutura que já estão sendo executadas ou que ainda estão no “forno”, esperando só a conclusão de alguma etapa burocrática.

“A licitação da obra de duplicação da Avenida Artêmia Pires vai ocorrer no dia 21 de janeiro. Espero em Deus que ocorra. Fevereiro [deve ser publicada a licitação] da drenagem do Campo Limpo, vamos acabar totalmente com alagamentos no Campo Limpo, tem também a drenagem da Baraúnas, para acabar isso nós vamos rebaixar aquele canal que sai na Avenida José Falcão, ele vai abaixar ali mais um metro de profundidade. Praticamente vai ser feito um canal novo”, disse o prefeito.

Infraestrutura

Outros projetos citados pelo prefeito incluem urbanização em espaços do conjunto Feira X, da Lagoa Salgada, Lagoa da Berraca e uma lagoa localizada no Alto do Papagaio. Segundo Ronaldo, os projetos paisagísticos e ambientais já estão prontos, enquanto os de engenharia seguem em elaboração.

O prefeito aproveitou a oportunidade para explicar que o município captou cerca de R$ 100 milhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, para execução de obras, algumas já em andamento.

Na zona rural, o gestor afirmou que a prefeitura mantém um trabalho permanente de recuperação de estradas vicinais, com ampliação do número de máquinas em operação, além de projetos para asfaltamento em distritos, que ainda estão em fase de articulação.

“A Lagoa Salgada, que eu fiz, mostrei na televisão várias vezes, no horário eleitoral, estamos trabalhando, inclusive a questão de área de terra ali, que tem proprietários. Nós estamos sentando, conversando para fazer sem pagamento. Eles vão ter sobra de terra lá, com a beleza que vai ficar, a terra deles vai valorizar, então a gente entende que não precisa a gente pagar”, disse o prefeito.

Sem “ingrisilha” no BRT

O prefeito aproveitou a oportunidade para explicar que o modelo de transporte público no estilo BRT foi implantado exatamente nos trechos previamente definidos no projeto. Segundo o gestor, chegou a circular a informação de que o sistema ligaria o bairro Tomba ao centro por meio de uma linha exclusiva, mas o próprio governo municipal esclareceu que isso era inviável técnica e urbanisticamente.

De acordo com Ronaldo, a implantação de linhas exclusivas até o Tomba exigiria a desapropriação de dezenas de imóveis e causaria impactos severos ao comércio local, tornando o projeto financeiramente e socialmente inviável. Assim, o BRT foi estruturado para atender corredores como as avenidas Getúlio Vargas, Noide Cerqueira, Ayrton Senna e João Durval, onde o sistema já está em funcionamento.

“Não tinha como ele vir do Tomba. Se você vem de lá para cá, você só tem um lugar para passar, que é a Rua Pedro Américo de Brito. Para você passar com linha exclusiva, que só dá para passar um ônibus e um Fusca ao mesmo tempo, você teria de desapropriar todas aquelas casas da Praça do Tomba até chegar na João Durval. Então seria algo astronômico, onde você estaria botando dezenas e dezenas de pessoas para fora de casa”, disse.

Efeito colateral

O prefeito destacou ainda que a crise do transporte público não é um problema exclusivo de Feira de Santana, mas uma realidade nacional. Ele citou a redução no número de passageiros, que caiu de cerca de 3 milhões para 1,4 milhão, fenômeno atribuído à popularização de aplicativos de transporte, como o Uber, que passaram a competir diretamente com ônibus e táxis.

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