Criação da Universidade Federal de Feira de Santana é debatida em audiência Pública; projeto já está em Brasília

Na manhã desta segunda-feira (24), foi realizada uma Audiência Pública para discutir a criação da nova Universidade Federal com sede em Feira de Santana. O encontro reuniu representantes da educação, entidades civis, estudantes e lideranças regionais no Teatro do Centro de Convenções de Feira de Santana.

O projeto para a criação da Universidade Federal de Feira de Santana já está em Brasília, seguindo os passos burocráticos necessários para aprovação no Congresso Nacional. A ideia é que a unidade seja instalada onde atualmente funciona o Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (Cetens), campus Feira de Santana da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).

Com o aproveitamento do espaço que já está destinado à educação, a iniciativa começa com um passo à frente. É o que afirma o professor Josué Melo, fundador do Serviço de Integração de Migrantes (SIM), e responsável pela doação do terreno em que hoje funciona o campus da UFRB.

“A universidade já tem de base, primeiro o embrião, que são sete cursos de graduação e quatro cursos de pós-graduação, com 1.200 alunos. Todos esses cursos reconhecidos com nota máxima pelo MEC. Então é uma universidade que já nasce grande. Já tem um campus próprio, com prédio, com laboratórios, com espaço para administração, sala de professores, estacionamento, área de convivência, auditório”.

Como defensor da educação acadêmica e qualificação profissional, Josué afirma que neste momento inicial o papel das autoridades federais é permitir que a universidade se estabeleça em Feira de Santana. Ele pontua que os investimentos só serão necessários mais para frente com a ampliação do espaço.

“O recurso, nós estamos dizendo que dinheiro agora nem nós precisamos, a universidade está pronta, está implantada. Dinheiro vem no futuro. Vai construindo por etapas, precisamos só do ato do governo. Geralmente se cria uma universidade para depois implantar, esse nosso projeto é de uma universidade que já nasceu implantada. Só precisa ser criada”, relatou confiante.

O Deputado Federal Zé Neto (PT), declarou em entrevista ao Acorda Cidade, que a universidade pública é uma ferramenta para o desenvolvimento da humanidade em todos os quesitos.

“Nós estamos num momento crucial do mundo. Tecnologia, inovação, inteligência artificial e as universidades, principalmente as universidades públicas têm uma importância magnífica na nossa região. Elas são ferramentas estruturais para que a gente possa pensar num desenvolvimento maior, mais denso e mais consistente para a nossa cidade, para a nossa região”

O parlamentar reforçou também confiante que o projeto se encaminha para virar realidade.

“A transformação do campus numa universidade é uma realidade, já começou, inclusive. Já está em Brasília o estudo, a parte de organização didática, administrativa e já existe um masterplan que foi construído inclusive pela Conder” 

Inovação é também a visão que a reitora da URFB, Georgina Gonçalves, tem para o projeto. Ao Acorda Cidade ela pontuou que a audiência realizada nesta segunda (24), se faz importante e necessária para alinhar os desejos da comunidade, da sociedade organizada  e das autoridades em um só propósito.

“Eu acho que essa instituição nasce com o compromisso de ser uma instituição inclusiva, de ser uma instituição que olhe para a inclusão, mas de ser uma instituição com certeza que olhe para a inovação, que olhe para os grandes desafios que estão colocados para a sociedade brasileira”

Para a proposta inicial foi realizada uma pesquisa interna com a comunidade acadêmica, além de formulário de pesquisa com estudantes da rede estadual, para assim chegar a ideia dos 25 cursos que seriam mais interessantes de se implantar. Entre os cursos propostos estão Medicina, Direito, Veterinária, além de graduações nas áreas da tecnologia.

Durante o evento, o deputado Robinson Almeida reafirmou que uma Universidade com sede local representa uma movimentação positiva em todo o cenário de Feira de Santana, desde a sua implementação até a formação de novos profissionais.

“Primeiro é uma ‘indústria’ limpa com geração de milhares de empregos diretos de professores, técnicos, funcionários da universidade. Segundo, vai atrair milhares de estudantes movimentando a economia da cidade no setor imobiliário, no setor de serviços, restaurante. Toda essa cadeia produtiva será ativada com a criação e o funcionamento de uma universidade federal na cidade”, contou.

A expectativa é que, devido a, localização estratégica, a nova Universidade atenda a três importantes territórios de identidade do interior da Bahia. São elas o Portal do Sertão, Região Sisaleira e Bacia do Jacuípe.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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