Lançamento de Livro
Foto: Luciano Mello

A professora e coordenadora pedagógica Karine Oliveira dos Reis Sousa, que atua nas redes pública e privada de Feira de Santana, lançou nesta quarta-feira (19) o livro “Cadê a professora?”, obra que discute a invisibilidade da mulher negra no ambiente escolar. O lançamento ocorreu na Escola João Paulo I, véspera do Dia da Consciência Negra.

Lançamento de Livro
Foto: Luciano Mello

Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), pós-graduada em Psicopedagogia Institucional, Clínica e Hospitalar, e mestre em Educação Científica, Inclusão e Diversidade pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Karine explica que o livro é fruto de sua pesquisa de mestrado.

Lançamento de Livro
Foto: Luciano Mello

“Esse livro nasce da minha dissertação de mestrado, que eu defendi este ano, ‘A Invisibilidade da Professora Negra na Educação Básica de Feira de Santana’. A narrativa sobre a nuance do silêncio e do enfrentamento”, afirmou. Segundo ela, a obra reúne narrativas de vida de professoras negras das redes pública e privada, evidenciando o contexto histórico, social e humano dessas profissionais e “como o racismo vem atravessando essa sociedade”.

Lançamento de Livro
Foto: Luciano Mello

A autora conta que a história é conduzida pela personagem Naya, uma professora que se vê invisibilizada por uma aluna devido à sua cor. “É a professora Naya, é um personagem vivo”, destacou.

Lançamento de Livro
Foto: Luciano Mello

Karine ressalta que a publicação contribui para o fortalecimento de práticas antirracistas no ambiente escolar. “Estou lançando esse livro trazendo todo esse processo, contribuindo não só amanhã para o Dia da Consciência Negra, mas para a construção de uma escola antirracista. Não só a Lei 10.639, mas trazer as bases para essa construção tão necessária nos dias de hoje.”

Ao tratar do enfrentamento ao racismo estrutural desde a infância, a autora reforça a mensagem central do livro, desenvolvida por meio da relação entre a professora Naya e sua aluna Melissa. “O livro tem um óculos que traz que a vida tem a cor que a gente pinta. É preciso saber olhar o outro através de novas lentes”, concluiu.

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