
Nesta sexta-feira (14) é comemorado o Dia Mundial do Diabetes. Em alusão à data, a Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana realizou na manhã de hoje, uma ação no Ginásio de Esportes Joselito Amorim, coordenada pelo Centro de Atendimento ao Diabético e Hipertenso (Cadh).
Com o tema “Diabetes e bem-estar”, o evento promoveu a sensibilização sobre a doença, considerada um problema de saúde pública mundial, que, em alguns casos, pode ser prevenida com a prática de hábitos saudáveis. Além de conscientizar pessoas com a síndrome metabólica sobre a possibilidade de uma qualidade de vida, proporcionada pelo tratamento adequado, assim, evitando complicações.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Andreia Silva, coordenadora do Cadh, reforçou a importância do diagnóstico precoce do diabetes, feito principalmente por meio de avaliação médica e exames laboratoriais frequentes.

A ação de saúde foi aberta à comunidade geral e ofereceu serviços como atendimento médico, medição de pressão arterial e glicemia, testes de creatina e creatinina, avaliação odontológica, orientação jurídica acerca dos direitos dos diabéticos, além da assistência social e psicológica.
“Temos também a questão estética, por conta do diabetes esse ano relacionado ao bem-estar. Várias atividades voltadas ao cuidado da pessoa com a doença”, detalhou Andreia Silva.
Para a professora aposentada Tânia Regina, eventos de saúde como o de hoje são importantes para a população e deveriam ser feitos mais vezes na cidade. Ela foi atendida em vários estandes da ação. “É importante para o pessoal que a acessibilidade a médicos é difícil, principalmente para quem é atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Então, isso aqui é uma pré-orientação para a pessoa começar a se cuidar”.

Ainda durante o mutirão de atendimentos desta sexta (14), foi realizado o rastreamento de diabetes tipo 2, com o propósito de descobrir se há um risco alto, moderado ou leve de o participante desenvolver a síndrome metabólica.
O evento do Dia Mundial do Diabetes coordenado pelo Cadh também alertou a população sobre complicações causadas pela doença.
“Os pacientes atendidos por nós são mais acometidos pela nefropatia, retinopatia ou neuropatia diabética e problemas cardiovasculares. Nós acompanhamos, orientamos e encaminhamos essas pessoas para cada vez mais buscarem uma adesão ao tratamento para, assim, terem um resultado positivo para o seu tratamento”, disse a coordenadora do Cadh.

Ao Acorda Cidade, Andreia destacou que, para pacientes diabéticos, controlar os níveis de glicemia e seguir o tratamento adequado ajudam a evitar problemas graves, como amputações e a perda da visão.
Jucinete Machado Saldanha vive com diabetes há 8 anos. A dona de casa conta que, apesar da dificuldade em conviver com a doença, o controle é fundamental para superar a síndrome metabólica.

“Achei muito bom, porque a gente aproveita, faz alguns exames, faz algum teste, estão de parabéns. Vou participar de tudo”, relatou Jucinete.
Tipo 1 e tipo 2
Segundo a médica Isabela Matos, o diabetes é uma doença caracterizada pelo aumento do açúcar no sangue relacionado a motivos variados.
Diabetes tipo 1: é uma doença autoimune e consiste na destruição do pâncreas; em consequência disso, interrompe a produção da insulina (hormônio produzido pelo órgão), por isso, ocorre o aumento do açúcar no sangue. Esta tipologia é mais comum em crianças.
Diabetes tipo 2: é frequentemente associado a fatores genéticos, obesidade, hábitos de vida e idade.
De acordo com a médica, todos os tipos da doença, se não tratados, podem provocar complicações.
“É importante a gente ver o tipo de diabetes, porque vai mudar a terapia do paciente, mas a gente precisa sempre cuidar desse açúcar para que você consiga viver bem”, enfatizou.

“Tratar diabetes não é só tomar medicamento. Mas sim, uma mudança de estilo de vida, então a dieta e exercício físico fazem parte do tratamento da doença”, declarou Isabela Matos.
Diabetes e os rins
O diabetes e a hipertensão são as duas doenças que mais levam o paciente a ter doença renal crônica e necessitar de diálise no Brasil e no mundo, informou Erika Bião, médica nefrologista que esteve na ação junto a estudantes de medicina da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Muitos participantes do evento visitaram o estande voltado à saúde dos rins, onde receberam orientações e exames de dosagem da creatinina (feito para identificar se o paciente tem uma doença renal crônica).
“É muito importante que os pacientes que têm um fator de risco como diabetes, hipertensão, obesidade, que têm histórico familiar, procurem fazer esse tipo de exame para identificar se têm uma doença renal”, contou Erika Bião.
Veja mais fotos da ação:





Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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