
A vereadora Eremita Mota (PP) reagiu às críticas feitas pelo colega José Carneiro Rocha (União Brasil) em relação à demora na conclusão da reforma do prédio anexo da Câmara. O serviço foi contratado em 2024, período em que a parlamentar era presidente da Casa e responsável por assinar a ordem de serviço.
José Carneiro já chegou a sugerir que um dos motivos para a demora na finalização do serviço é a existência de um possível desvio de dinheiro público e cobrou que, caso o esquema realmente exista, os envolvidos sejam responsabilizados pelo ato. Apesar de agora estar exercendo um mandato longe dos holofotes, Eremita sabe que as críticas recaem sobre ela.

“O vereador Zé Carneiro sofre de uma doença: ele tem uma inveja terrível de mim. Não sei se é inveja ou alguma outra síndrome, mas ele precisa se tratar. Eu fui presidente desta Casa por dois anos e fiz uma reforma que todo mundo chega aqui e vê. Ele foi presidente por quatro anos, qual foi o benefício que ele fez pela Câmara de Vereadores de Feira de Santana?”, disse Eremita.
Guerra de narrativas
A reação de Eremita surge em um dos momentos mais tensos desde que a nova mesa diretora da Câmara decidiu contratar uma empresa para fazer uma auditoria na obra. O próprio presidente, Marcos Lima (União Brasil), revelou com exclusividade ao Acorda Cidade que o estudo apontou que a Casa pagou R$ 1,5 milhão por serviços no prédio anexo que não foram executados.

“Nós deixamos 70% do prédio anexo pago e feito. O presidente só tem 30% para terminar. Então, Zé Carneiro tem que perguntar ao presidente por que ele não concluiu a obra. Quem não fez nada agora quer apontar erros nos outros, ele tem que buscar provas. Agora, querer alfinetar, criar algo para manchar a imagem dos outros, eu pergunto: o que foi que ele fez em quatro anos pela Câmara?”
Prestação de contas
Durante a entrevista concedida ao Acorda Cidade, Eremita foi provocada a comentar as últimas declarações do presidente Marcos Lima, onde o atual gestor da Câmara afirma que a auditoria mostrou que equipamentos como portas de vidro, revestimentos de parede, móveis e até aparelhos de ar-condicionado foram comprados e pagos pela Casa, mas não foram entregues. A vereadora afirmou não acreditar na auditoria.
“Eu acho pouco provável que alguém vá ter realmente certeza disso. Porque como é que a gente ia deixar uma obra com 70% pronta e paga, se não sabe onde é que estão as coisas que foram pagas? Isso é uma coisa que eu fico até buscando qual a origem para tanta maldade”, concluiu Eremita.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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