
A aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio iniciou na tarde deste domingo (9) em praticamente todo o Brasil. A primeira etapa já começa composta por 90 questões objetivas, divididas entre Linguagens e Ciências Humanas, e a tão esperada e importante redação do Enem.
Alguns minutos após o início das provas, o tema foi divulgado nas redes sociais pelo ministro da Educação, Camilo Santana. Neste ano, o Enem abordou a temática “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”.
O tema foi uma das sugestões que o professor Abimael Ferreira, especialista em Redação, revelou no podcast do Acorda Cidade em outubro.
“O Inep sempre trabalha na invisibilidade, é aquele tema que ninguém tá falando sobre. Nunca foi foco, a população idosa, o aumento do etarismo, a falta de inclusão digital”
Durante a entrevista, o professor destacou que sempre há inúmeras vertentes que podem ser seguidas. Mas também ofertou outras possibilidades que ainda não foram abordadas.
“É muito difícil pensar, porque de cara, sempre vai ser um tema que ninguém espera. Eu vou muito numa perspectiva de minorias que ninguém por muito tempo deu uma notoriedade, então mãe solo, é um grupo que nunca caiu, crianças neurodivergentes, é um público em alta. A questão das comunidades LGBTQIA+. Minha aposta seria cidades, planejamento sustentável, déficit habitacional, racismo ambiental”, afirmou.
O estilo de texto indicado no Enem é dissertativo-argumentativo, com o padrão de quatro parágrafos: introdução, onde o estudante apresenta o problema; desenvolvimento um, no qual o estudante traz o argumento um; desenvolvimento dois, onde ele traz o argumento dois; e a conclusão, para solucionar o problema.
Abimael deu uma dica importante, os temas vão pela linha de discussões contemporâneas e não se repetem. O professor revelou que recomenda aos alunos buscarem embasamento em estudiosos, pensando em tópicos possíveis como educação, problemas sociais, entre outros.
“Temas que já caíram não se repetem, violência contra a mulher já caiu, não vai cair de novo. Eu sempre falo para os estudantes, reservem filósofos e sociólogos pro desenvolvimento porque é um momento que você está sustentando uma ideia”.
Além da redação, uma das questões do Enem abordou a permanência do rádio e sua evolução por meio da tecnologia digital.
A ouvinte e professora Rita Suely de Oliveira, contou que a questão foi fácil para ela, já que ouvir rádio é uma atividade constante sua rotina.
“Eu também estive fazendo o Enem. E acertei, porque ouço Acorda Cidade todos os dias, sem falta. Não levanto da minha cama sem primeiro ouvir suas mensagens e ouvir suas notícias”, explicou.
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