Ney Silva
 
Insatisfeitos pelo não cumprimento de um acordo que garantiria o repasse de 1.8 da folha de pagamento pelas metas em 2013, servidores da Embasa em toda a Bahia decidiram fazer uma paralisação por 24 horas. Com exceção da captação, armazenamento e distribuição de água, os demais setores da empresa estão sem funcionar desde o início da manhã desta quinta-feira (10). Os trabalhadores montaram um toldo bem próximo ao portão de acesso às dependências do Polo da Embasa no conjunto Feira IV.
 
 
O diretor do Sindae (Sindicato das Empresas de Águas e Saneamento do Estado da Bahia), Clóvis Moraes de Freitas Filho, informou que no ano passado o PPR (Programa de Participação de Resultados) foi de 1.6 da folha de pagamento e que este ano a direção da empresa só aceita pagar 1 ponto da folha. Ele explicou que os trabalhadores querem o equivalente a 2 folhas de pagamento e aceitam até 1.8, mas a empresa não aceita a proposta.
 
 
"Todos os trabalhadores se empenharam para que as metas fossem alcançadas e elas foram superadas, mas a Embasa está nesse retrocesso, só quer oferecer uma folha e nós não aceitamos", afirmou Clóvis. Ele esclarece que uma folha equivale a 100 por cento do valor do salário de cada funcionário, o que significa pagar 100 por cento do salário do mês de abril, mas que a categoria acha muito pouco.
 
 
A técnica em automação da Embasa, Ana Patrícia Freitas, também aderiu a paralisação. Ela explicou que com o PPR, os servidores passam um ano se esforçando para alcançar bons resultados para a empresa garantindo o pagamento de um prêmio. "No ano passado recebemos 1.6 da folha, o que significa 160 por cento, e este ano, alegando que não tem dinheiro, só quer pagar 100 por cento", afirmou. Ela explicou que esse prêmio é oferecido todo ano e sempre costuma ser pago no final do mês de abril. Na manhã desta sexta-feira, os servidores fazem uma assembleia para decidir se continuam paralisados ou não.