Descobri o erro que estava impedindo minha maranta-riscada de crescer
Descobri o erro que estava impedindo minha maranta-riscada de crescer

Quem cultiva plantas sabe como é frustrante cuidar de uma espécie linda e, mesmo assim, vê-la parada, sem dar sinais de crescimento. Foi exatamente o que aconteceu comigo com a maranta-riscada. Suas folhas coloridas e cheias de detalhes pareciam perder o brilho, e, por mais que eu regasse e cuidasse, nada mudava. Só quando entendi um pequeno erro — quase imperceptível — é que tudo começou a florescer de novo.

A maranta-riscada é uma planta encantadora e sensível. Originária das florestas tropicais, ela adora umidade, mas não suporta exageros. Gosta de luz, mas não de sol direto. Em outras palavras, é uma planta que exige equilíbrio — e foi justamente aí que eu estava errando.

O erro mais comum no cultivo da maranta-riscada

A primeira coisa que aprendi é que a maranta-riscada não suporta excesso de água. Eu achava que manter o substrato sempre úmido era sinônimo de cuidado, mas o que estava fazendo era o oposto: as raízes estavam sufocadas e começando a apodrecer.

Esse é o erro mais comum entre os cultivadores. A maranta precisa de umidade constante, mas o solo deve ter boa drenagem. Quando o vaso não tem furos ou o substrato é muito compacto, a água se acumula e impede a oxigenação das raízes.

O segredo está em usar uma mistura leve, com substrato vegetal, perlita e um pouco de casca de pinus. Isso mantém a umidade sem encharcar. Além disso, regar somente quando o topo da terra estiver levemente seco é a chave para o crescimento saudável.

Depois que corrigi isso, as folhas começaram a se erguer novamente — e em poucos dias, novas brotações surgiram.

Luz: o combustível da maranta-riscada

Outro ponto que descobri é que a maranta-riscada adora luz, mas não sol direto. Durante muito tempo, deixei a minha próxima a uma janela que recebia sol da tarde. As pontas começaram a ficar queimadas, e as folhas perderam aquele verde vibrante com veios rosados.

Troquei o vaso de lugar e a diferença foi imediata. Hoje, ela vive perto de uma janela voltada para o leste, onde recebe luz suave e indireta durante a manhã. Essa luminosidade é suficiente para estimular a fotossíntese sem causar estresse.

Para quem mora em apartamentos, o ideal é posicionar a maranta em ambientes bem iluminados, mas com cortina translúcida filtrando os raios solares. A planta agradece com folhas eretas e coloridas, um verdadeiro show natural de texturas e tons.

Umidade e temperatura: o clima perfeito para crescer

Por ser nativa de regiões tropicais, a maranta-riscada precisa de umidade ambiental para se desenvolver bem. No inverno, quando o ar fica mais seco, as pontas das folhas começam a ficar marrons — um sinal claro de que a planta está sofrendo.

Aprendi a manter uma rotina de borrifadas diárias com água filtrada, especialmente nas primeiras horas da manhã. Outra dica que fez diferença foi colocar o vaso sobre um prato com pedrinhas e um pouco de água — sem encostar diretamente nas raízes. Isso cria um microclima úmido ao redor da planta, simulando as condições da floresta.

Evite também deixá-la próxima de correntes de ar ou ar-condicionado. A maranta é sensível a variações bruscas de temperatura e prefere ambientes estáveis entre 18 °C e 26 °C.

Alimentando a maranta com equilíbrio

Assim como a gente, a maranta-riscada também precisa se alimentar bem para crescer. Mas excesso de adubo pode ser tão prejudicial quanto a falta dele.

Durante muito tempo, eu adubei semanalmente com fertilizantes líquidos, acreditando que aceleraria o crescimento. O resultado? As folhas ficaram manchadas e as raízes frágeis. Hoje, faço adubações leves a cada 30 dias, usando húmus de minhoca ou um adubo orgânico balanceado (NPK 10-10-10) diluído na água.

Essa dosagem suave mantém o crescimento constante e as cores intensas, sem sobrecarregar a planta. O segredo está na paciência — marantas crescem devagar, mas recompensam com um visual exuberante.

Pequenos sinais, grandes respostas

A maranta é uma planta expressiva: ela literalmente se move. Suas folhas se abrem durante o dia e se fecham à noite, num movimento conhecido como “oração”. Quando ela está saudável, esse ritual acontece com regularidade. Mas se algo está errado, as folhas permanecem caídas ou dobradas o tempo todo.

Depois que ajustei a rega, a luz e a adubação, notei esse movimento de novo — um sinal claro de que a planta estava se recuperando. Hoje, minha maranta-riscada não só cresce, como preenche o ambiente com vida e cor.

Cuidar dessa planta me ensinou algo importante: nem sempre o excesso de zelo é sinônimo de cuidado. Às vezes, o segredo está em observar, entender o ritmo da natureza e intervir apenas quando necessário.

Agora, toda vez que olho para aquelas folhas riscadas e vibrantes, lembro do erro que quase custou sua beleza — e do aprendizado que ela me trouxe sobre equilíbrio e paciência.