
Se apresentaram na Delegacia de Homicídios nesta quarta-feira (5) os dois suspeitos de matar com 20 facadas, um homem com deficiência intelectual identificado como Gilson dos Santos Maceno, de 41 anos, que residia no bairro Queimadinha.
O crime aconteceu na Expansão do Conjunto Feira IX, bairro Calumbi, por volta das 4h50 da última segunda-feira (5). A vítima ainda foi socorrida para o Hospital Geral Clériston Andrade por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu.
Ao portal Acorda Cidade, o delegado Gustavo Coutinho, titular da Delegacia de Homicídios (DH), informou que a investigação do caso avançou rapidamente no sentido de identificar os suspeitos e não restou outra alternativa aos dois a não ser se entregar à polícia. Além disso, os dois estavam sendo ameaçados por moradores dos dois bairros.

“Agimos rápido, começamos a investigar esse crime, fomos em busca de câmara de segurança, conseguimos encontrar algumas imagens do fato do acontecido, ouvimos testemunhas e o cerco foi se apertando até que conseguimos identificar esses dois autores, Rodrigo e Rafael. Então com o cerco foi se fechando eles acabaram não tendo outra alternativa que não fosse se apresentar na delegacia com os seus advogados”, relatou.
A vítima, descrita como “uma pessoa muito querida e muito muito alegre, inocente e que brincava com todo mundo”, havia se perdido após sair de um culto na igreja do bairro Queimadinha no domingo à noite.
“Ninguém tinha informação para onde foi que ele foi pelo fato de ter problemas mentais a família ficou procurando, até que chegou a informação na madrugada da segunda-feira de que ele foi encontrado no bairro de expansão Feira IX com várias facadas.
Autores confessaram o crime
Gustavo Coutinho informou ao Acorda Cidade também que os suspeitos confessaram o assassinato, admitindo ter desferido as facadas.
“Os dois moram na Expansão do Feira IX. Eles encontraram Gilson perdido, perambulando, questionaram o que Gilson estava fazendo ali e se estava armado. Abordaram o Gilson e nem consideraram o fato de ele ter deficiência intelectual, acabaram desferindo várias facadas. Alegaram que estavam fazendo uso de bebida alcoólica”, informou.
Motivação: rivalidade entre bairros
A motivação central do crime, segundo o delegado, foi a rivalidade territorial. “Eles mataram cientes do que estavam fazendo, o mataram somente pelo fato do Gilson residir no bairro da Queimadinha, onde há uma rivalidade com o bairro Expansão do Feira IX. Então, essa rivalidade foi a motivação desse crime cruel que ocorreu aqui em Freire Santana”, disse.
Prisões e manifestação
Os dois homens tiveram a prisão preventiva representada pela Polícia Civil e estão custodiados.
“Após o cerco da Polícia Civil, eles acabaram se apresentando aqui na delegacia. Eles receberam ameaças, tanto dos moradores do Expansão quando descobriram o crime bárbaro que eles cometeram, quanto também de moradores do bairro da Queimadinha. Várias pessoas estavam atrás desses autores, eles não tinham para onde ir e a única alternativa foi realmente se apresentarem e pagarem realmente pelo que ele fez e foi o que fizeram. Nós representamos pela prisão preventiva rapidamente, e os dois agora estão custodiados à disposição da justiça.
Devido ao crime, familiares e amigos realizaram duas manifestações (saiba mais).

“Foi um crime bárbaro, um crime cruel, um crime repugnante, um crime devido a essa guerra que existe entre os bairros, envolvimento com tráfico de drogas, facções, afetam até mesmo pessoas inocentes. É um fato que a polícia tem que dar prioridade, tem que combater o mais rápido possível para tentar reduzir esse índice de violência que vem ocorrendo aqui em Feira de Santana”, declarou Gustavo Coutinho, ao Acorda Cidade.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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