Confira os nomes e sobrenomes mais populares na Bahia, segundo o IBGE

Os nomes Maria e José continuam sendo os mais frequentes na Bahia, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base Censo 2022 disponibilizados no projeto Nomes no Brasil.

Assim como ocorreu em 2010, os dois nomes lideram o ranking tanto no estado quanto em boa parte do país. No Brasil, Maria é o nome mais comum entre as mulheres e José entre os homens.

Entre os sobrenomes, a Bahia se diferencia: enquanto Silva permanece como o sobrenome mais popular no país e na maioria dos estados, Santos lidera no território baiano, realidade observada apenas na Bahia e em Sergipe.

Nomes femininos (Bahia)

Na Bahia, conforme informações obtidas pelo portal Acorda Cidade por meio da assessoria de imprensa do IBGE, Maria aparece como o nome mais presente entre as mulheres em praticamente todas as faixas etárias e décadas analisadas. Em 2022, 783.021 baianas se chamavam Maria, o equivalente a 10,7% das mulheres do estado e 5,5% da população total. O número representa crescimento de 2,5% em relação ao Censo de 2010, quando foram registradas 763.662 mulheres com esse nome — um aumento de 19.359 registros em 12 anos.

O segundo nome feminino mais frequente é Ana, com 273.416 registros em 2022, número 26,7% maior que os 215.755 identificados em 2010. A única década em que Ana superou Maria na Bahia foi a de 1990.

A principal mudança no ranking feminino foi a ascensão de Júlia. O nome subiu da 28ª posição em 2010 para o 3º lugar em 2022. O aumento foi de 60,1%, passando de 22.612 para 36.337 mulheres com esse nome no estado.

Em seguida aparecem Adriana (33.139 mulheres) e Rita (31.887), que registraram queda no período e perderam posições. Josefa deixou o grupo dos cinco primeiros nomes mais frequentes, recuando de 35.026 registros em 2010 para 27.995 em 2022.

Entre crianças nascidas entre 2020 e 2022, o ranking mostra tendência de mudança. Maria e Ana seguem entre os mais escolhidos, mas Laura, Alice e Luna passaram a figurar entre os cinco nomes mais registrados no estado.

Em Salvador, Maria permanece na liderança com 116.625 registros em 2022, embora tenha apresentado queda de 2,1% em relação a 2010.

Nomes masculinos (Bahia)

José segue como o nome masculino mais comum na Bahia, mas perdeu frequência. Foram registrados 361.017 homens com esse nome no estado em 2022, queda de 13,6% em relação aos 417.671 registrados em 2010.

No ranking nacional, José também lidera entre os homens, ainda que também tenha registrado redução no período.

O nome João ganhou força no estado e assumiu a segunda posição, passando de 193.185 registros em 2010 para 219.615 em 2022, alta de 13,7%. João supera José entre os baianos nascidos a partir dos anos 2000.

Antônio caiu do segundo para o terceiro lugar, com 168.589 registros em 2022, recuando 16,7% em 12 anos. A novidade foi Pedro, que subiu da oitava para a quarta posição, com aumento de 35,7% no período. Carlos completa a lista dos cinco nomes masculinos mais comuns no estado.

Entre os recém-nascidos (2020-2022), o ranking é liderado por João, seguido por Davi, Enzo, Arthur e Miguel.

Em Salvador, José permanece como o nome masculino mais frequente, embora tenha registrado queda de 23,3% frente ao Censo anterior.

Sobrenomes: Santos x Silva (Bahia)

A Bahia é um dos dois únicos estados brasileiros em que Santos lidera entre os sobrenomes. Em 2022, 3.723.348 baianos tinham esse sobrenome, o equivalente a 26,3% da população estadual.

No Brasil, Santos ocupa a segunda posição, atrás de Silva, que lidera com 34 milhões de ocorrências. Na Bahia, Silva é o segundo sobrenome mais comum, presente nos nomes de 17,6% da população (2.487.204 pessoas).

Souza aparece na terceira posição, seguido por Oliveira e Jesus. O sobrenome Jesus tem forte presença no estado: 37,7% das pessoas com esse sobrenome no país são baianas.

Os municípios com maior proporção de moradores com sobrenome Souza estão na Bahia, com destaque para Mulungu do Morro (30,7%) e Souto Soares (30,1%). Já entre os sobrenomes Jesus, as maiores proporções também estão no estado.

Em Salvador, o ranking acompanha a tendência estadual: Santos, Silva, Souza, Jesus e Oliveira formam o top-5.

Feira de Santana

Nomes Femininos:

1) Maria (32.415)
2) Ana (13.922)
3) Júlia (1.918)
4) Alice (1.840)
5) Amanda (1.713)

Nomes Masculinos:

1) José (11.206)
2) João (9.884)
3) Antônio (8.323)
4) Pedro (4.871)
5) Carlos (4.572)

Nomes Femininos das moradores nascidas entre 2020 e 2022:

1) Maria (2.233)
2) Ana (826)
3) Laura (403)
4) Alice (362)
5) Valentina (246)

Nomes Masculinos dos moradores nascidos entre 2020 e 2022:

1) João (727)
2) Heitor (554)
3) Miguel (508)
4) Davi (482)
5) Arthur (477)

Sobrenomes:

1) Santos (131.889)
2) Silva (110.623)
3) Oliveira (55.404)
4) Jesus (52.619)
5) Souza (41.688)

Brasil

Os 30 sobrenomes mais populares no Brasil

Veja quais são os sobrenomes mais populares do Brasil

1. Silva: 34.030.104
2. Santos: 21.367.475
3. Oliveira: 11.708.947
4. Souza: 9.197.158
5. Pereira: 6.888.212
6. Ferreira: 6.226.228
7. Lima: 6.094.630
8. Alves: 5.756.825
9. Rodrigues: 5.428.540
10. Costa: 4.861.083
11. Sousa: 4.797.390
12. Gomes: 4.046.634
13. Nascimento: 3.609.232
14. Araújo: 3.460.940
15. Ribeiro: 3.127.425
16. Almeida: 3.069.183
17. Jesus: 2.859.490
18. Barbosa: 2.738.119
19. Soares: 2.615.284
20. Carvalho: 2.599.978
21. Martins: 2.576.764
22. Lopes: 2.337.914
23. Vieira: 2.102.389
24. Rocha: 2.044.495
25. Dias: 2.035.387
26. Gonçalves: 2.028.298
27. Fernandes: 1.835.974
28. Santana: 1.815.982
29. Andrade: 1.707.452
30. Batista: 1.703.130

Para entender esses números

O IBGE explica que o projeto Nomes no Brasil tem por base as listas de moradores dos domicílios de todos os municípios do país, em 1º de agosto de 2022, data de referência do Censo 2022. Os recenseadores registraram cerca de 140 mil nomes e de 200 mil sobrenomes, conforme informados por quem respondeu ao questionário.

Segundo instituto, os nomes já haviam sido divulgados a partir dos resultados do Censo 2010, mas os sobrenomes são inéditos, sistematizados pela primeiro vez no Censo 2022.

No caso de nomes compostos, considerou-se apenas o primeiro nome informado (por exemplo, em Maria Eduarda, vale Maria). Já para sobrenomes, foram considerados todos os informados, não importando sua ordem (por exemplo, em Maria Eduarda Souza Oliveira, valem Souza e Oliveira).

Ainda segundo o instituto, as formas variantes dos nomes foram contabilizadas distintamente, conforme registradas na lista de moradores dos domicílios. Desse modo, nomes como Ana ou Anna, Ian ou Yan, Luis ou Luiz, entre outros, foram considerados separadamente, com as grafias originais da coleta.

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