Cerca de 600 julgamentos serão realizados na Bahia no ‘Mês nacional do Júri’
Foto: Sérgio Figueiredo

O ‘Mês Nacional do Júri’ foi aberto oficialmente na segunda-feira (3), em cerimônia realizada pelo Tribunal de Justiça da Bahia no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. Está programada a realização de cerca de 600 sessões plenárias do Tribunal do Júri em todo o estado neste mês de novembro.

A abertura contou com a participação de diversas autoridades do Sistema de Justiça, entre eles o procurador-geral de Justiça Pedro Maia, que compôs a mesa presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin. O evento teve também a participação do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; da presidente do TJBA, desembargadora Cynthia Resende; conselheiro do CNJ, José Edivaldo Rotondano; da deputada estadual Fabíola Mansur, representando a Assembleia Legislativa; dentre outras autoridades, como secretários de Estado, desembargadores e juízes. 

O chefe do MP baiano destacou o papel constitucional do Ministério Público, como titular da ação penal, na responsabilização justa dos autores por crimes contra a vida e na promoção de Justiça para vítimas e familiares. “O Tribunal do Júri representa uma das mais nobres expressões da Justiça e da democracia. A atuação do Ministério Público tem sempre como norte o compromisso com a defesa da vida e com a responsabilização de quem atenta contra esse bem maior. O mutirão de novembro reforça o empenho institucional em garantir respostas efetivas à sociedade e fortalecer a confiança nas instituições e no Sistema de Justiça”, disse. 

Cerca de 600 julgamentos serão realizados na Bahia no ‘Mês nacional do Júri’
Foto: Sérgio Figueiredo

Em sua fala, o ministro Fachin destacou que o mutirão representa uma conjugação de esforços que deve ser reconhecida, pois “robustece a necessidade de serenidade, prestigia a plenitude da defesa e reafirma a soberania dos vereditos em face do julgamento dos crimes dolosos contra a vida”. Para Fachin, números que não são apenas quantidades, mas expressam uma dimensão qualitativa que está na instituição do Júri. “O Júri é a expressão qualificada do processo penal democrático de índole constitucional no Brasil”, disse ele, complementando que, por meio do mutirão, a Justiça busca ainda combater a lentidão processual. “O mutirão é apenas a ponta do iceberg nesse conjunto de medidas que são necessárias para uma duração razoável do processo”, concluiu o ministro.

O governador da Bahia Jerônimo Rodrigues reforçou a importância do mutirão e parabenizou as instituições pelo esforço conjunto. Segundo a presidente do TJ, Cynthia Resende, o ‘Mês Nacional do Júri’ mobiliza tribunais de todo o país para intensificar o julgamento de crimes dolosos contra a vida ao longo do mês de novembro. Ela informou que a Bahia será o segundo estado do país em número de julgamentos. “O Tribunal de Júri representa, em sua essência, a mais genuína expressão da participação popular na administração da justiça”, disse. A desembargadora citou a “essencial” parceria com o Ministério Público, Secretaria de Segurança Pública, e Defensoria Pública para “um caminho de entrega da mais pura justiça na forma da realização das sessões do Tribunal do Júri”.

Cerca de 600 julgamentos serão realizados na Bahia no ‘Mês nacional do Júri’
Foto: Sérgio Figueiredo

Redução de processos pendentes

O  ‘Mês Nacional do Júri’ visa reduzir o número de processos pendentes e garantir maior celeridade na tramitação das ações penais. Também esta semana, de 3 a 7 de novembro, ocorre a ‘Semana Nacional de Conciliação 2025’, que realiza mutirões temáticos na capital e em diversas comarcas do interior do Estado, com foco na solução consensual de conflitos por meio da escuta, do diálogo e da construção conjunta de soluções pacíficas. A ação integra o movimento nacional promovido pelo CNJ.

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