
No topo de uma das entradas do Mercado de Arte Popular (MAP), o ano de 1915 indica a inauguração do entreposto, então denominado Mercado Municipal, que funcionou no local por quase 70 anos. O prédio emblemático completa 110 anos em 2025.
A criação do espaço foi idealizada ainda nos tempos do Império, mas sua construção só foi aprovada pela Câmara Municipal em 1901, já durante a República. As obras foram iniciadas 13 anos depois e concluídas com a inauguração em 1915.

O histórico prédio, de paredes largas, possui arquitetura que mistura os estilos gótico e neoclássico. Ocupa cerca de 25% de um quarteirão.
Projetado pelo arquiteto Acciolly Ferreira da Silva, o entreposto tinha como objetivo consolidar a feira livre que deu origem e nome à cidade. Bernardino Bahia era o intendente da época.

No local foram instalados comerciantes de carnes, cereais e diversos gêneros alimentícios, tanto no atacado quanto no varejo. O Mercado Municipal serviu a essa atividade por décadas, atendendo às necessidades do comércio feirense.
Com a transferência da feira livre para o Centro de Abastecimento, em meados dos anos 1970, o prédio perdeu sua função como movimentado entreposto, referência para os consumidores que semanalmente frequentavam a feira.
Ficou fechado por alguns anos e passou por reforma. Entre outras intervenções, ganhou dois painéis do artista plástico feirense Juracy Dórea, intitulados O Vaqueiro e A Feira, instalados nas entradas dos sanitários.

Revitalizado e reaberto, ao seu nome foi incorporada a arte e a popularidade: surgiu o Mercado de Arte Popular. O comércio cedeu lugar à cultura. As bancas e boxes que antes vendiam carne, farinha e feijão passaram a abrigar peças artesanais.
O MAP passou a reunir os principais tipos de arte — visuais, música, dança e teatro — além de se tornar um importante espaço para a divulgação de outras manifestações culturais, como a culinária e a literatura, com destaque para apresentações de cordel.
Transformou-se em um ponto de efervescência artística e cultural, com ênfase em iniciativas locais, sertanejas e turísticas. No palco do mercado se apresentam cantores consagrados e novos talentos em busca de reconhecimento.
Além do variado artesanato, da diversão e do lazer, os visitantes encontram elementos da culinária regional e diversos outros serviços oferecidos nos mais de 60 boxes do espaço.
Com informações da Secretaria Municipal de Comunicação Social (Secom)
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