Encontro sobre empreendedorismo atrai centenas de empresários de várias cidades baianas em Feira de Santana
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Nos dias 24 e 25 de outubro, o Centro de Convenções de Feira de Santana sediará a segunda edição da Feira de Agricultura Familiar, evento gratuito, organizado pela Central Única das Favelas (Cufa) em parceria com outras instituições.

A primeira edição aconteceu em 2017, no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), com participações de representantes de diversos países. Neste ano a Feira também contará com representações nacionais e internacionais e irá abordar temas como exportação, economia solidária, ciência e tecnologia e negócios no campo.

Palestras, oficinas e oportunidade de networking não irão faltar. Durante o programa Acorda Cidade, Evaldo Alves, presidente regional da Cufa, contou alguns detalhes sobre as ações que acontecerão no evento. Uma das ações, é a presença de uma startup, parceira da Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que auxiliará o agricultor a obter os certificados necessários para comercializar seus produtos.

Evaldo Alves - presidente regional da Cufa
Evaldo ALves, presidente regional da Cufa – Foto: Daniela Cardoso/Acorda Cidade

“A gente roda muito a zona rural e vê que tem duas tarefas, tem cinco, outro tem 10, mas não produzem. Produzindo manga, caju, umbu, produzindo várias frutas, esse excedente nós podemos colocar no mercado, sendo ele através de bares, hotéis e restaurantes, sendo ele em grandes mercados, que Feira de Santana agora está abastada. Abriu o caminho para a agricultura familiar, e essas certificações são necessárias para que estejam dentro do mercado”.

Evaldo reforça que a agricultura familiar floresce em diversas vertentes, tanto no próprio comércio da matéria prima, quanto na transformação dessa matéria que também pode ser manual e artesanal.

“Muitas vezes você produz até em casa, produz um bolo, produz várias coisas, mas não tem certificação. Então você que tá aí, presidente de associação comunitária, presidente de bairro, que tem aí pessoas dentro do seu hall que produzem, que estão dentro das comunidades, é um momento, uma oportunidade de você ter conhecimento e se associar para chegar junto com a gente aí nessa nova empreitada”, explicou.

Além dos momentos de conhecimento, quem estiver na Feira terá a oportunidade de conhecer e apreciar os produtos cultivados pelos agricultores. 50 estandes já estão confirmados para expor durante o evento.

“Nós teremos os produtos oriundos das zonas rurais, por exemplo, beiju, bolos, artesanato. A culinária é gigante. Bata do feijão ao vivo, nós vamos fazer também. Os aboiadores, os repentistas, os violeiros, tudo isso teremos lá. O requeijão, nosso mel aqui da Matinha, produzido ali”, ressaltou o presidente regional da Cufa.

Evaldo reforça que a agricultura representa a prosperidade brasileira, e o caminho para evidenciar isso é criar oportunidade para o trabalhador do campo, começando por iniciativas locais.

“Essa questão nossa de focarmos na agricultura familiar, que é muito forte no Brasil, 70% que está no prato das nossas mesas vem da agricultura familiar e porque Feira de Santana, sua macrorregião, que compreende quatro portais não entrar nesse eixo maravilhoso”, afirmou.

Para finalizar, o representante conta que a Cufa em Feira de Santana vem focando o olhar para as atividades do campo por entender que o trabalhador do campo precisa das orientações necessárias para fortalecer a renda, e girar o comércio local.

“Estamos preocupados com a saúde e com a educação do homem e da mulher do campo. Pessoas que trabalharam muito e que estão lá com suas saúdes debilitadas, a educação do jovem também, porque o jovem é rico e não sabe, tem sua propriedade, mas não produz. A riqueza de detalhes dentro disso é muito grande. Ou seja, criar o amor, criar verdadeiramente a competitividade dos produtos e não só aqui na região, mas na macrorregião, porque a gente está envolvendo quatro portais: portal do sertão, portal do sisal, portal do Recôncavo e litoral norte que pega daqui de Alagoinhas até Mangue Seco”, explicou.

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