O carrapato é um parasita perigoso que pode transmitir doenças graves aos cachorros, como a erliquiose e a babesiose. A infestação é comum em áreas com grama, mato e pouca higienização. Por isso, prevenir é a melhor forma de proteger a saúde do animal.
“Manter a grama sempre aparada e o ambiente ensolarado é fundamental, já que os carrapatos preferem locais úmidos e sombreados. Além disso, é importante remover folhas secas, entulhos e restos orgânicos para evitar que o parasita encontre abrigo. Em situações de infestação, deve-se utilizar produtos carrapaticidas específicos para o ambiente, sempre com orientação profissional e evitando o contato direto dos animais até a secagem completa”, afirma Priscila Leite, Médica veterinária e coordenadora do curso de Medicina veterinária da UNINASSAU Graças.
O uso de antiparasitários específicos para cães, recomendados por um veterinário, é essencial no combate ao carrapato. “Para garantir a eficácia contínua e reduzir a chance de resistência ou falhas de proteção, a aplicação de antiparasitários deve seguir a frequência e via de administração recomendadas pelo fabricante e pelo médico-veterinário. Esses produtos podem ser em comprimidos, coleiras, sprays ou pipetas, cada um tem uma duração de ação diferente”, afirma.
Em casos de infestação, o tratamento deve ser iniciado imediatamente para evitar complicações. A retirada incorreta do carrapato pode deixar partes do parasita presas na pele, causando inflamações.
“A remoção do carrapato deve ser realizada com uma pinça, puxando-o próximo à pele, de forma firme e contínua, sem esmagá-lo. Após a retirada, é necessário desinfetar o local da picada com antisséptico. É importante fazer uma inspeção cuidadosa no pelo e na pele do animal, especialmente em áreas como orelhas, entre os dedos, axilas e pescoço, a fim de identificar se há infestação ou se foi condicionado ao passeio”. esclarece a especialista.
Com prevenção constante e acompanhamento veterinário, é possível manter o cachorro livre desses parasitas, mas é preciso ficar atento às consequências do carrapato nos pets. “Os sinais inicialmente podem ser bem inespecíficos, como apatia, fraqueza, perda de apetite e emagrecimento. Porém, à medida que a doença evolui pode haver sinais como: mucosas pálidas ou amareladas (gengivas, conjuntivas), sangramentos espontâneos (pontos vermelhos na pele, sangramento nasal), alterações respiratórias, paralisia de membros e, em casos avançados, risco de morte”, pontua.
O cuidado contra parasitas envolve o uso regular de antiparasitários ao longo do ano, seja em forma oral, tópica ou por coleiras. Também é essencial manter inspeções após passeios, realizar controle ambiental adequado e garantir acompanhamento veterinário periódico com exames preventivos. Além disso, a conscientização do tutor para reconhecer sinais precoces contribui para uma ação rápida e eficaz.
Congresso de medicina veterinária
O I Congresso Brasileiro de Inovação em Odontologia acontece nos dias 16, 17 e 18 de outubro, no Centro de Convenções de Olinda – PE. Com o tema “Um novo olhar sobre a clínica, storytelling e networking na saúde e produção animal 5.0”. O propósito é provocar uma reflexão sobre humanização e eficiência da clínica na era digital. . As inscrições estão abertas pelo site conheca.sereducacional.com/medvet-recife.
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